Noite na Arábia

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Noite na Arábia - Aladdin

Os quatro saíram do colégio bem cedo – tudo com permissão e "seguranças". Não havia muitos alunos no colégio para vê-los saírem, havia, claro, muitos novinhos que estavam curiosos e ressentidos por não poderem ir no que, contra a expectativa, tinha tudo para ser a festa do ano. A idade mínima para a entrada era 14 anos, se bem que naquele país tão conservador e tradicional a classificação escolhida por eles estaria errada. Muito errada.

A amizade com os ciganos era forte: lá estava um grupo trabalhando e ajudando-os com as caixas e decoração e a cozinha... Antes mesmo que eles chegassem junto com os trabalhadores do próprio local – que já estavam organizando o ambiente. Os quatro já chegaram trabalhando, dando orientação, organizando tudo nos detalhes possíveis até que, por volta das três da tarde, Mal seria a única a personalizar o que restava: sua magia era necessária. A menina sentou-se no chão, exatamente no centro do lugar, a posição de meditação favorecia para que ela se concentrasse no que restava fazer e nem era tanta coisa. Mentira! Era sim, mas ela era orgulhosa a ponto de não demonstrar... fora que também aquela posição não exigia tanto dela; ajudava a magia a circular melhor por seu corpo.

-Ficou incrível, pessoal! – elogiou um cigano assim que Mal voltou a abrir os olhos, algumas horas e minutos depois, os cabelos grudando no rosto devido o suor. Uma salva de aplausos e assovios.

-Maravilhoso!

-Agora vamos todos descansar e nos arrumar – disse Evie; ela e Carlos apoiando discretamente a líder dos quatro.

Depois de deixarem Mal no quarto, os meninos decidiram por ficar lá por baixo observando a decoração, quase como seguranças do lugar, enquanto as duas meninas desfrutavam dos quartos em banho e descanso merecidos – descanso para Mal, já de banho tomado; Evie não perderia tempo algum: já começaria a se arrumar.

-Você acha que vai dar tudo certo? – disse Evie, apenas de roupão, os cabelos úmidos, fazendo sua maquiagem.

-Por que não daria? – Mal estava apenas de toalha deitada na cama, seus cabelos bem mais secos do que os da amiga.

-Sei lá... – disse esfumando a sombra dourada – Ás vezes eu acho que ninguém vai vir, que ninguém vai se soltar como a gente espera...

-Meu amor – disse Mal com um sorriso predatório – Eles vão se soltar. Nós tomamos todas as providências para isso, não foi?

-Foi...

-Então essa insegurança não tem sentido. Você já sabe o que deve fazer.

O assunto morreu. Evie sabia que a amiga estava certa. Precisava parar de pensar besteiras. Aquela festa seria um marco naquele ano para todos eles, seria uma incrementada nos planos de Mal, seria um momento de causar com os sentimentos de Chad e Audrey.

[...]

As 21 horas as duas meninas estavam esplendidas do lado de fora, na entrada do local. Elas seriam as recepcionistas por assim dizer. Iriam checar as pulseiras e os nomes nas listas com a ajuda de um cigano. Jay e Carlos ficariam lá dentro: o primeiro só iria curtir mesmo, o segundo cuidaria de animar os nãos Vips.

A noite estava bem típica da estação. O vento corria solto, não forte para alegria das meninas, frio, mas suportável apesar da roupa das jovens. Até porque, logo mais, elas estariam já cansadas e suadas de tanto dançar.

O modelo do vestido das duas era o mesmo. O salto também. O penteado, e os acessórios eram praticamente idênticos. A grande diferença era a escolha de cores, como sempre.

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