Oh Canta Rouxinol

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Oh Canta Rouxinol - Cinderela

Evie estava costurando um modelo único que ela mesma criara. Queria usá-lo para o seu próximo encontro com Chad... Isso só fez lembrá-la de que tinha muito que falar com Mal... Mas que não podia falar, pois Jane estava ali, resmungando sobre sua mãe ser antiquada sobre o uso da mágica.

Mal por outro lado estava rabiscando a parede com um pedaço de carvão, fazendo um esboço do que ela queria fazer com a tinta em spray, seus pés ainda calçados sobre a colcha florida de sua cama; não dava muitos sinais de realmente estar ouvindo o que acontecia ali no chão.

-... Como se algum menino tivesse olhado para mim antes – dizia Jane; Evie automaticamente lembrou-se de Carlos e mordeu a língua para não abrir a boca.

-Ah não! – chorou a princesa má – Eu me esqueci de fazer o dever do Chad!

Mal a olhou de uma forma quase assassina, embora fosse apenas choque. Evie sabia que isso era em parte culpa sua: ela nunca se propunha a fazer nada pelos outros, sempre estava ocupada demais com seu espelho e produtos para cabelo para poder ser útil a alguém. E a outra parte da culpa caía em Jane por estar ali e não ir embora nunca!

-Hey – disse uma menina aleatória adentrando o quarto sem cerimônias – Nós já tivemos algumas aulas juntas e eu não tive uma oportunidade de me apresentar. Sou Lonnie – Mal ergueu a sobrancelha – Eu adorei o que você fez com o cabelo da Jane. Pode fazer o meu?

Mal adorou aquela forma direta e rápida da garota falar. Sem frescuras ou adereços. Mesmo assim...

-Por que eu faria isso?

-Te pago 50 – ergueu um saco com moedas.

-Excelente resposta – intrometeu-se Evie pegando o dinheiro em mãos, e analisando o rosto e cabelo da garota – Assim posso comprar mais tecido. Mal – gritou Evie olhava-a de forma estranha. Realizada a mágica, deixara a menina feliz e mais autêntica, e percebendo o jogo de Evie, Mal ajudou a começar uma amizade entre aquelas duas meninas. Lonnie e Jane se davam bem e foi dessa forma que conseguiram despachá-las do quarto sem de fato despachá-las – Graças ao espelho! – suspirou Evie – Tenho tanto para contar!

-Mesmo? – Mal havia retornado para a parede, desprezando as notícias da menina.

-Mas é melhor sentar – as duas pularam numa mesma cama, Mal com alguma desconfiança no olhar – Então eu... Eu vi o príncipe Ben e a nojenta da Audrey se beijando antes da aula de química num cantinho escuro do corredor.

-E daí? Mandamos Jane embora por isso?

-Está dizendo que preferia a companhia daquela mosquinha morta?

-Estou dizendo que Jane está na minha mão, mas eu preciso mantê-la onde ela está – Mal sorriu – Eu encontrei Audrey no intervalo. Ela tentou jogar a Jane contra mim.

-Não brinca – riu Evie – Mas já? Pensei que levaria mais alguns dias para a princesa colocar as garrinhas para fora.

-Disse a Jane que ela poderia escolher – Mal ergueu a sobrancelha deixando no ar a decisão da descendente da Fada Madrinha.

-Bom, mas você desviou totalmente do foco do que eu estava falando. Eu vi o príncipe e a namorada se beijando...

-Não é o que namorados fazem, Evie? Não é importante.

-Se você me deixasse continuar. Pensei que não seria nada demais, e me distraí com o elogio de Doug, mas notei alguém se afastando muito rápido e no sentido contrário. Calma, que fica melhor. Flertei com Chad até que ele me chamasse para o encontro que eu falei. Encontramo-nos debaixo da arquibancada e rolou um amasso gostoso. Para um certinho ele até que conseguiu descer a mão até a minha bunda – Mal riu junto de Evie – Só que ele não parava de chamar por Audrey.

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