Marcha das Cartas

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Marcha das Cartas - Alice no País das Maravilhas

Exatamente as 23 horas a música parou e as luzes diminuíram gradativamente. Todos sem exceção alguma gritando animados esperando ansiosamente pelo que sucederia.

-E aí, galera! – gritou Jay sendo que ele parecia ser dono de uma luz própria. Ele estava no 1º piso, olhando para todos com um sorriso sacana na face, o microfone segurado de forma charmosamente displicente; realmente era somente para charme: Mal usara de sua magia para que as vozes ecoassem perfeitamente por todo o ambiente – Eu vou pedir para a galera dar espaço na pista de dança... – fez uma pausa – Minhas garotas precisam de atenção...

Não teve um único adolescente heterossexual que ficou calado: gritos de aprovação e aplausos que quase apagaram a voz do aniversariante... E Jay sumiu. Literalmente.

Tal qual o moreno, as duas meninas pareciam iluminadas por uma luz apenas delas já que não havia um único holofote. Evie na escada da direita; Mal na escada da esquerda. As duas numa lentidão, numa classe, numa sedução... As franjas dos vestidos reluzindo de forma hipnótica.

Conforme as meninas desciam, onde antes o pessoal estivera dançando animadamente, subia uma superfície de vidro. Tal como tanta coisa naquela noite, de uma forma mágica. Mais aplausos seguiram.

As meninas subiram naquele palco diferenciado por degraus de vidro igualmente sustentados por magia; estes sumiram assim que as duas chegaram ao centro do palco.

-Eu contava as horas para chegar esse momento – disse Evie com as mãos sobre o peito – E ter vocês perto da gente é demais! – uma salva de aplausos somada a alguns gritos perdidos de "Gostosa!" e "Tira essa roupa!" – Pensamos em diversas formas de continuar essa noite e não chegamos a nenhuma conclusão melhor – encerrou apontando discretamente para amiga, como se desse a palavra a ela.

-Para esquentar o show de vez só tem um jeito – disse de forma entusiasmada; a sensualidade natural junto com aquela empolgação tornou em vivas dos convidados – Juntos nessa emoção... Nós vamos jogar um joguinho bem adulto!

-Queremos quatro voluntários – pediu Evie – Não pode ter vergonha, gente!

-Carlos e Jay vão distribuir entre alguns de vocês cartas de baralho, sem ver qual cada um vai receber – continuou explicando Mal; os meninos apareceram em frente ao palco distribuindo o baralho, uma carta para cada um – E aqueles quatro que tiverem as cartas idênticas as nossas – ela sinalizou que sua carta estaria dentro do decote; uma parcela de marmanjos gritou: muita testosterona poluindo o ar – Vão tirar esse nosso excesso de roupas – ela sorriu com a aclamação positiva e fervorosa.

Instantes depois, estavam os dois meninos sobre o palco. Os quatro, lado à lado, impecavelmente vestidos, elegantes e sexys.

-Cada um de nós escolheu um naipe diferente – anunciou Jay – Vamos fazer outra brincadeira enquanto o pessoal com as cartas se desespera – e riu – Só a galera sem as cartas! Assim todo mundo pode brincar. Vamos?

-SIM! – o grito foi ensurdecedor.

-Quem adivinhar o naipe ganha um beijo, pode ser? – continuou o aniversariante – Como somos quatro e o último não será adivinhado, não conta, certo? – disse sorrindo – Primeiro as damas... Evie... – chamou com a voz maliciosa; a menina foi para o centro do palco – Podem gritar suas apostas! Lembrando que só o naipe!

Quase unanimemente, todos gritaram copas. Evie riu.

-Zephyr – chamou Jay, notando-o como um dos primeiros a gritar – Eu quero um beijo de verdade!

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