A Música do Vencedor - O Ursinho Pooh
As luzes do colégio estavam todos apagadas, com uma única exceção. O quarto do herdeiro da Fera ainda estava iluminado, o jovem perfeitamente acordado ainda com suas vestes normais do dia a dia. Estava ansioso. Ansioso com o jogo, sim, mas principalmente com a visão que encheu seus olhos: lá estava Mal, invadindo seu quarto pela janela com a maior naturalidade.
-Por que a luz acessa? – perguntou se aproximando em passos lentos, perigosos. Ela tinha uma expressão selvagem que só fazia Benjamin querer agarrá-la.
-Pensei que facilitaria para você andar pelos beirais.
-Está me subestimando – praticamente ronronou, ainda rondando-o. Analisava o rapaz como também analisava o quarto. Graças ao Caos, por a porta estar trancada.
-E você parece estar medindo meus movimentos – sorriu, sentia-se como a presa de um feroz caçador; gostava demais da adrenalina que corria em seu sangue – Esperando por algo como...
-As luzes se apagarem – sussurrou ela. A voz aveludada, com uma cadência sedutora a mais do que o habitual; era o suficiente para deixá-lo com uma comichão sutil na virilha. Mais do que isso, as luzes realmente se apagaram.
Imediatamente ela avançou. Seus lábios encostaram nos dele antes mesmo que suas mãos enlaçassem seu pescoço, ou que ele envolvesse a cintura dela. Verdadeiramente presos num beijo furiosamente sedutor, presos aos braços um do outro. Benjamin não se conteve ao apertar a carne macia da bunda da garota, e mordiscou seu lábio quando ela se permitiu suspirar. Mal se apertava contra o volume, sentindo como com apenas um beijo o garoto se enchia de tesão. Um beijo bom, um beijo longo.
-Por que queria me ver? – perguntou quando se afastaram para retomarem o fôlego. O convite fora feito discretamente, durante uma palestra monótona cujo assunto nenhum dos dois recordava.
-Queria te ver e... aliviar a tensão antes do jogo – Mal sorriu. Sabia que um bom orgasmo era relaxante e que o encantado poderia unir o útil ao agradável – Acho que você também tem estado tensa essa semana – disse ele. Benjamin pensava nas conversas que a diretora reservava com os alunos; ainda não havia chegado a vez de Mal e ele sabia disso – Queria relaxar com você – disse num murmúrio de encontro aos lábios dela. Seu hálito quente, convidativo a um beijo. E ela não era nada contra aliviarem suas tensões.
Os lábios voltaram a estarem juntos, sutilmente pressionados em chupões mais fraquinhos. Mal se atreveu a deslizar a língua pelo lábio inferior, buscando passagem. Os dois carentes para sentiram suas línguas juntas. Ela entrelaçava seus dedos nos fios lisos, puxando-o discretamente para si, deleitando-se com os eventuais apertos em sua cintura, igualmente trazendo-a para mais perto. O volume crescente entre as calças do encantado ainda pressionando-a.
-Teve treino hoje, não?
-Sim – respondeu sem entender onde ela queria chegar, sem entender aquele sorriso de quem tinha ideias. Eles não haviam jogado nada durante a semana, apenas treinaram – Tivemos treino a semana inteira. Por quê?
-E só vão jogar amanhã – disse ela ainda sorrindo como quem aprontava algo.
-Onde quer chegar, Mal? – perguntou trazendo-a para junto de si.
-Jogo é jogo. Treino é treino.
Benjamin entendeu. Entendeu depois de longos segundos pensativo, mas ela estava estranhamente calma, paciente para que ele descobrisse por si só. Ben já havia ouvido a expressão, embora não com tanta naturalidade como ela havia dito, até porque era uma forma de não serem claros sobre o que de fato falavam; era comum entre garotos para diferenciar de forma mais ilustrativa "bater punheta" e "sexo", mas sem inferiorizar nenhum dos dois. O que a garota propunha era exatamente isso: treino.
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Seduzentes
FanfictionExistem formas diferentes de ser mau. A mais interessante de todas elas é arte da manipulação, sedução... Em todos os sentidos da palavra. "Para que colocar fogo no circo? - pensava Mal - Coloque um isqueiro na mão do macaco..." Claro, é uma delíci...