Beijo de Amor

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Beijo de Amor - Encantada

Mal conseguiu se esgueirar pelos beirais do colégio sem ser vista por ninguém; aproveitou os beirais para colocar aqueles pedacinhos de silicone nos seios, escondendo sua excitação, evocando-os com sua magia. Chegou ao seu armário, abriu-o e fechou-o sem pegar nada então, como se nada de diferente tivesse acontecido na sua vida, subiu as escadas e caminhava em direção ao próprio quarto com calma, a costumeira expressão de indiferença. Por dentro, seu coração batia forte; na sua língua o gosto de Ben ainda era forte.

Abriu a porta e se deparou com Evie e a Fada Madrinha num aparente interrogatório que morreu com a abertura da porta.

-Boa tarde, Mal – saudou a diretora; Evie estava atrás da sua máquina de costura e olhava para a amiga confusa, quase pedindo uma explicação com os olhos; ela compreendeu rapidamente que não devia pronunciar mais nenhuma palavra.

-Boa tarde, diretora – disse com o cenho franzido, como se não entendesse a presença da mulher ali no seu quarto – Algum motivo para sua visita? – disse caminhando em direção ao seu lado do quarto, passou pelas prateleiras e chegou à escrivaninha...

-Mal, onde você estava?

-Passei no meu armário para pegar o caderno de matemática, mas parece que eu não o deixei lá... – disse analisando seus desenhos em papéis soltos, colocou o diário de lado sobre o criado mudo e abriu uma gaveta da escrivaninha – Por que? Estava me procurando? Se for porque faltei à educação física...

-Não, Mal. Não é um assunto referente à educação física, embora eu deva te alertar a não matar aulas...

-Perdi a hora desenhando – disse achando o caderno e fechando a gaveta; não se deu ao trabalho de olhar a diretora nos olhos – Não vi o tempo passar – disse de forma verídica.

-E para onde está indo? – continuou a Fada Madrinha. Evie apenas mexia a cabeça, olhando uma para a outra tentando entender o que estava acontecendo ali.

-Encontrar o príncipe encantado – disse com algum deboche, já na porta – Ele prometeu me ajudar com matemática...

-Bom, acho melhor eu te acompanhar. Tenha uma boa tarde, Evie – disse a mulher acenando com a cabeça e fechando a porta – Prefiro continuar o assunto na presença dos dois, Mal, se não se importar – disse adiantando uma pergunta da menina; Mal não falou nada até chegarem ao quarto do encantado.

A Fada Madrinha bateu na porta e esperou o menino mandar entrar. Ela pediu licença, e segurou a porta aberta para que Mal entrasse.

Os olhos da menina imediatamente voaram de encontro ao rapaz, da mesma forma que os dele correram para os seus. Ben estava devidamente vestido, calça e camiseta, estava ainda descalço e com os cabelos úmidos pós banho. Estava muito atraente e...

A porta foi fechada com suavidade.

-Eu gostaria que vocês dois se sentassem – começou a diretora. Ben, muito cavalheiro, conduziu Mal até a sua escrivaninha e segurou a cadeira para que ela sentasse. Ele sentou-se em sua cama – O que exatamente vocês estavam estudando?

-Razões e relações trigonométricas – disse Ben – Mal tem bastante dificuldade nesse assunto.

-E por qual razão escolheram ficar nos dormitórios? – apesar de se dirigir aos dois, queria ouvir as respostas do menino-fera, obviamente porque ele era muito mais confiável do que a menina ali presente.

-Ficamos por uma meia hora, mais ou menos, no salão dos alunos – disse Ben, conseguindo se manter calmo o bastante, dizendo a verdade o que só aumentava a euforia de Mal – Estava muito cheio, e os alunos estavam animados demais. Não estava um ambiente propício aos estudos.

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