Contigo Eu Vou

581 16 2
                                        

Contigo Eu Vou - Irmão Urso 2

Benjamin acordou sentindo um calor intenso no peito, chegava a ser incômodo, quase doloroso. Abriu os olhos, piscando diversas vezes para tentar enxergar; as pálpebras estavam excessivamente pesadas devido o sono profundo no qual ele se encontrava instantes atrás. Mal estava ali, próxima demais, num sono encantado, completamente em paz. O príncipe sorriu com a imagem da garota tão em paz... mas o calor que ele sentia não vinha dela; não diretamente ao menos. Vinha do colar, a esfera verde que Mal parecia nunca tirar do corpo. Aquela pedrinha, agora, reluzia fortemente até que pareceu encher-se de névoa. Assustado, afastou o pingente de sua pele deixando-o cair entre o seu corpo e o de Mal. A tentação de olhar e a sensação de pavor que aquele objeto provocava era nova e absurda.

Desviou o olhar para o restante do quarto. A claridade que vinha pela janela denunciava ser dia, talvez já no meio da manhã; as cortinas abertas tremularam delicadamente. Observou a arte que a menina ao seu lado fizera nas paredes. O lado impecável de Evie. Roupas e almofadas espalhadas pelo chão do lado de Mal; roupas dela e roupas dele.

Sorriu inconscientemente. A noite passada havia sido a melhor de toda a sua vida. Gemidos e beijos e carícias. Apenas com aquelas lembranças, Ben já queria mais. Uma segunda rodada, uma segunda vez.

Mas já era dia. E com a claridade vinham todos os problemas, todas as barreiras que os impediam de ficar juntinhos daquela forma tão safada e tão natural. Tantos erros cometidos numa única noite... Tantos mascarados e encobertos com prazeres inigualáveis...

Tudo havia mudado. O que ele sentia agora Ben jamais poderia ter imaginado, mas seu coração sabia, sempre soubera... e revelou novas emoções, transformando todo o seu mundo...

Um som de spray chamou sua atenção. Mal estava acordada e lhe passava, com um sorriso discreto e muito safado, o frasquinho bucal. Ele pegou-o agradecido; seria péssimo ter que conter todo o seu entusiasmo por conta do mau hálito matinal. Deixou o vidrinho sobre o criado mudo ao seu lado.

Quando voltou os olhos para Mal, viu a menina se espreguiçando, os seios redondos quase completamente a mostra, um deles parcialmente escondido sob fios de seu magnífico cabelo roxo, espalhado também pelo travesseiro como raios de sol. Bela e inocentemente sedutora. Erro ou não, Ben precisava sentir aquele prazer outra vez. Não esperou por um convite dela: rolou para cima da menina beijando-lhe o pescoço com vontade. As mãos descendo para apertar os seios tão lindos. Mal abraçou-o, dedilhando os dedos pelos cabelos lisinhos, arranhando sutilmente a nuca do rapaz. Ben ergueu o rosto para beijá-la e surpreendeu-se de forma positiva ao senti-la corresponder com igual entusiasmo; um beijo com forte sabor de hortelã.

-Bom dia – disse de encontro aos lábios dela.

Mal subia seu pé pelas pernas torneadas do lindo rapaz, arrepiando-o com a carícia inesperada.

-Bom dia – disse com um sorriso indefinido, logo assumindo uma imagem safada quando sentiu a discreta ereção de Ben em sua coxa – Pronto para uma segunda rodada – sorriu ela; não era uma pergunta.

-É... – suspirou – Quero ouvir você chamar meu nome de novo – confessou e corou sutilmente ao dizê-lo; ele ainda era ligeiramente inocente e isso era atraente demais aos olhos de Mal.

Ela sorriu. Ele ignorara completamente que era dia, que estavam no colégio e que havia aula para os alunos mais novos. Eles poderiam ser descobertos. E o risco era tão excitante... O corpo de Mal parecia em chamas.

-Então me faça gemer seu nome de novo.

Ben não precisava de um incentivo a mais.

Sabendo que as experiências sexuais dela eram com ele, se acalmava; aquilo lhe dava coragem para seguir seus instintos e satisfazer-se assim como satisfazê-la. Ele fora o primeiro dela. Mal nunca saberia o quanto aquela informação, o quanto aquele detalhe era importante para Ben, o quanto o deixava feliz por compartilharem de uma primeira experiência juntos. Agora ele sabia: havia muito o que aprender, a vida era para si viver sem medo de perder, havia muito o que sentir, e seu coração pedia por mais.

SeduzentesOnde histórias criam vida. Descubra agora