Estranho de Ver

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Spin-off! Muito em breve... Inocentes!


Estranho de Ver - Tinker Bell e o Monstro da Terra do Nunca

Ela se revirou no colchão uma última vez ouvindo o despertador tocar, tirando-a de um sonho suave, cheio com as lembranças do dia anterior. O dia mais bonito de toda a sua vida. Ainda de olhos fechados as memórias invadiam seus olhos.

O caminho todo, ela abraçada àquele corpo masculino, o vento no rosto. As árvores que os protegeram de maneira mágica. A paisagem sempre exuberante. Um lago encantado cheio de sonhos e magia. Uma ponte infinita de amor.

Amor...

"Deixe-me te ensinar?"

Ela nunca recusara nenhum tipo de conhecimento; sempre havia alguma utilidade, mesmo para aquela palavrinha pequena que ela fora ensinada desde criança a desprezar. E ter aquele menino como professor...

Mal ainda conseguia sentir na pele cada palavra dita por aquela boca bonita. Ainda tinha o sabor de cada carícia em sua pele, quando condecorada com gotinhas d'água. Ainda ouvia cada olhar e suas promessas e juras mudas. O cheiro de magia e verdade impregnava seu ar e seus olhos se enchiam com a doçura cada novo respirar.

Quando a noite caiu, já parcialmente vestidos, ele entregara uma pedra bonita, "chique" nas palavras dele: "Faça um pedido e jogue de volta no lago". Faça um pedido, Mal... Felicidade, pura e genuína. Esperava que se realizasse. Voltaram o caminho inteiro de mãos dadas, se demorando na ponte, trocando mais alguns beijos; chegaram no estacionamento do colégio e surpreenderam-se ao não receberem reprimendas, nem nenhum tipo de contato de nenhum dos guardinhas, nem dos inspetores pelos quais tropeçaram nos corredores, apesar do horário tardio de retorno. Fada Madrinha sequer os convocara para sua sala para uma reprimenda, mas talvez guardasse as palavras para o dia seguinte.

Por volta das 21h00min, ele a deixou em frente a porta no dormitório feminino. Deixando-a contra a madeira da porta, uma mão já fechada sobre a maçaneta, ele beijou-a; não nos lábios, na testa. Um beijo cheio de proteção ao lhe desejar boa noite. Ficou ali esperando-a entrar e fechar a porta.

Mas o que não foram incomodados ao chegar foram incomodados à meia noite, quase uma hora da madrugada com um teste de incêndio. "'Tava' demorando pra isso acontecer" resmungou alguém aleatório, mas não deixava de ser bem verdade; logo no início da estadia deles ali, Mal chegara a pensar que tais simulações eram bem mais frequentes.

Agora, naquela manhã de sexta-feira, a menina não sabia exatamente como estava se sentindo, o que deveria esperar do dia. Sentia algo estranho em seu peito; um peso crescente no estômago que não condizia muito com suas lembranças felizes. Fome, deve ser fome. Sentou-se na cama, e recolheu um dos joelhos ao peito.

-O que está fazendo? – questionou Mal observando a amiga que parecia nervosa em frente ao espelho; o quarto desarrumado como se um furacão tivesse passado pelo guarda-roupa de Evie.

-Comecei a fazer um vestido novo ontem e achei que tinha finalizado ele para usar hoje, mas não finalizei – respondeu nervosa – Agora não tenho o que vestir!

-Seu armário continua cheio.

-Não vejo opções ali – disse baixinho.

-O que não te falta é roupa. Quer que eu te ajude? Já vi umas peças bem atraentes daqui – disse começando a se levantar...

-Não! – Mal congelou seus movimentos e expressões; Evie manifestara-se com empenho demais – Eu... quero uma produção mais romântica e bem feminina e... Você geralmente cria looks mais sexy e...

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