Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
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Não dormi bem, por mais que Azriel estivesse do meu lado. Por mais que ele estivesse me acalmando de todas as forças possíveis eu não consegui dormir. Minha mente não me descansa e quando posso finalmente fechar os olhos, os pesadelos vêm à tona e eu sempre acordo com Az em cima de mim me chacoalhando para eu acordar e sempre acabo ajoelhada em frente a privada do banheiro.
Não tenho medo por mim, mas tenho medo do que pode acontecer com minha família. Eu não me importaria de me entregar para Hazel se fosse apenas isso que ela queria, mas ela quer Feyre e meu Azriel. Ela quer coisas importantes para mim e eu não posso entrega-las.
Enquanto caminho pelo longo corredor do palácio, posso ouvir conversas abafadas na sala de reuniões que cessam assim que empurro a grande porta negra e pesada com as duas mãos. Todos os olhares se direcionam em mim e um em específico me avalia dos pés à cabeça.
— Ainda sou uma ameaça, senhorita Moon? — Jurian pergunta umedecendo os lábios com um sorriso querendo despontar dos mesmos.
Ele se refere a espada presa a minha cintura e as diversas facas no cinturão de couro preso a mim.
Tenho que bufar e me segurar para não revirar os olhos.
— Estava em treinamento, não tive tempo para futilidades como você deve ter tido.
Aponto para suas vestes. O casaco pesado com detalhes dourados que combinavam perfeitamente com seus cabelos castanho escuros e olhos calculistas. O sorriso arrogante ainda lhe acompanhava e agora sim reviro os olhos. Me lembro dele usar apenas armaduras leves de couro, mas o casaco é algo novo.
— Não me lembrava de mesmo empoeirada, ser tão linda.
Azriel pigarreia chamando a atenção de Jurian.
— Jurian sem brincadeirinhas, estou comprometida e odeio mais você do que qualquer outro macho desta terra.
Me sento em minha cadeira e Rhysand está calado. Não está falando muito pois me parece apreensivo. Com certeza teve a conversa com Feyre e ela se negou a ficar aqui protegida com a criança segura em seu ventre. Ela vai querer batalhar mesmo com um bebê prestes a vir e isso mata Rhysand.
Mas com um simples gesto com o queixo, Rhys sai da sala acompanhado de Mor me deixando a sós com Jurian. Azriel olha para ele com um olhar mortal antes de sair e Jurian solta um riso. Ele era louco. Já tinha enlouquecido há muito tempo, antes mesmo do rei Hybern o ter ressuscitado para guiar as rainhas humanas por um caminho de ignorância e subserviência.
Me arrependo profundamente de quando ele era humano e eu uma princesa idiota achando que podia me envolver com quem quisesse, até mesmo o general que passou a perna em nós na guerra apenas para irritar meu pai.
Draven tinha razão quando disse que não confiava em Jurian e mesmo assim, mesmo tentando, eu não conseguia confiar em nenhum dos dois e olha aonde eu estou: tentando a sorte com um para em seguida tentar com o outro.
