Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
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Quando eu e Draven saímos do banheiro, Malina havia deixado roupas e maquiagen para mim em cima da cama de Draven. Não questionei o porquê do vestido ser tão decotado e aberto, mas o peguei e fui me vestir no banheiro escutando uma risadinha de Draven. Ficar pelada na frente dele pra transar é uma coisa e me trocar na frente dele é outra.
O vestido era em um preto tão escuro quanto podia ser e bem justo. Para a minha sorte eu tinha algumas curvas, mas pelo decote no peitoral ser transversal e deixar metade dos meus seios à mostra eu não podia usar sutiã. Coloco os saltos que, para a minha alegria, não eram tão altos e eu conseguia andar e vejo o que vou fazer com meus cabelos. Estavam molhados e demoraria muito para seca-los, nem sei se aqui eles têm secador ou algo do tipo, então eu os deixo molhados mesmo bagunçando um pouquinho minha franja com um pouquinho de gel diluído na água. Fiz uma maquiagem mais escura nos olhos e passei um batom vermelho nos lábios.
— Puta merda eu tô parecendo uma vadia. — Sussurro me olhando no espelho e dou um sorriso. — Mas uma vadia sexy.
Dou uma risadinha e abro a porta do banheiro para me encontrar com Draven, mas nossos olhares se encontram e fico ainda mais surpresa com como ele pode ficar mais lindo do que já é.
Ele estava sentado em uma cadeira, com um isqueiro no qual ele girava nas mãos e um cigarro entre os lábios.
Está usando calças de alfaiataria pretas, sapatos sociais e uma camisa branca com os primeiros dois botões bem abertos e um terno impecável também escuro. Ele usava alguns anéis e seus cabelos estavam molhados como os meus, mas de uma forma tão sexy que se eu olhasse muito para Draven essa noite eu ia me jogar em cima do mesmo. Só que o que o deixa ainda mais lindo do que o habitual é a coroa dourada com esmeraldas cravejadas no ouro. Alguma coisa preta contornava os olhos de Draven destacando aquele verde intenso.
Então ele cospe o cigarro e pisa no mesmo, soltando a fumaça pela sua boca com tanta maestria que eu estava obcecada.
— Sabe... — Draven começou girando o isqueiro na mão com truques ágeis envolvendo seus dedos, mas o que mais me fascinava era o fogo aceso no isqueiro não o queimar. — Posso viver na escuridão meu amor, mas um vulcão em silêncio é o que causa a maior explosão.
Ele não esqueceu o que eu lhe disse.
Quando Draven diz isso ele desintegra o isqueiro com uma só mão, apenas com seu fogo, sem tirar os olhos dos meus que brilham diante da chama quente e poderosa que Draven convocou e meu coração vibra com o sorrisinho de canto dele. Sinto que meu peito está subindo e descendo depressa demais e isso não é bom e só piora quando Draven abre as pernas ali sentado na cadeira passando o dedo indicador pelos seus lábios, me estudando de cima a baixo sem tirar aquele sorrisinho.
Ele ainda não havia esquecido o que eu disse no lago. Na verdade, parece se lembrar de todas as palavras que eu digo.
— Quando disse que gostava de brincar com fogo Violet, era porque eu sou seu combustível?
