Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
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Os olhares imortalizados sobre mim se cobriram de medo quando cada um se curvou e se ajoelhou a minha frente. Posso sentir a fúria de Keir quando seus dentes rangem ao fazer o ato. Não faço questão de chamar sua atenção, não ainda. Não quando sinto um cheiro forte e insaciável entrar pelas minhas narinas de forma tão penetrante que meu cérebro quase se desliga por um segundo.
Quando se está sentado naquele trono, o poder é tanto que se dilui em luxuria, arrogância e terror. Geralmente em forma de provocação faziamos isso, eu escolhia qualquer um para o ato. Alguém para me tocar e amenizar que minha mágia seja exposta a todo custo. Rhys escolheu Feyre porque sentia seu cheiro e sabia que ela era sua parceira.
O que? Por que não escolheu ninguém ainda? — A voz de Rhysand ecoa pela minha mente pertubada pelo cheiro e engulo em seco.
Por fora continuo sustentando aquele ar frio mas por dentro eu não entendia.
Eu sinto o cheiro dele. — Sussurro pela mente e Rhys não consegue entender quem é ele. Meus escudos estão ainda mais revestidos ali. — Tem algo de errado comigo Rhys, mas minha mágia não se controla.
Por que não o chama? Se você sente o cheiro dele, ele também não está suportando sentir o seu. — Rhys responde e sinto suas garras arranharem meus escudos mas não sinto nada. Não o deixo entrar.
Se ele não veio até mim é porque não quer. — Retruco tentando não pensar mais nisso e me controlo desesperadamente para não acabar com tudo o que planejamos essa noite. Simples passos.
Apenas simples passos.
Quando penso que terei de me controlar sozinha, eu sinto seu toque. É tão suave pelos meus braços que mal consigo respirar. Por dentro estou quase tendo um colapso e por fora me faço de indiferente. Mas é o melhor colapso que eu poderia ter em minha vida. Sinto seu toque no interior de minhas coxas e repreendo a vontade de suspirar. Sei que os súditos ainda esperam para se levantar, estou ciente disso, mas continuo apenas sentindo o toque quase que imáginario.
Queria poder sentir sua pele contra a minha, mas lanço um rápido olhar para ele que está parado ao lado de Cassian. Apenas controlando aquelas sombras que se colocaram a minha disposição. Seu rosto permanecia como a morte; tranquilo mas fatal. Ele não olhava para mim mas suas sombras continuavam a fazer caminhos perigosos pelo meu corpo.
— De pé, todos. — Ordeno para a corte que se levanta rapidamente ao esbravar de meu tom de voz. — Aqui vai um recado: Estou de volta e sabem que odeio gracinhas se não sou eu que estou as fazendo, então para que não me pertubem, vão brincar. — Gesticulo com um breve balançar da minha mão com tédio vendo eles se dispensarem e música tocar.
Do pior tipo dela.
— Keir. — A voz de Rhys trovejou pelo salão e nosso tio se colocou aos pés do altar, bem a minha frente.
