Capítulo 7

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— Eii bichinho! — Tento chegar mais perto do gato que nos olhava com medo, mas Azriel coloca um braço forte bem na minha frente me impedindo de passar. — O que?

— E se for um feitiçeiro? — Azriel pergunta e gargalho tão alto que alguns galhos chacoalham nas árvores, mas minha risada deixa o bichano mais calmo.

Ah, deuses, é sério que Az ainda está traumatizado com isso?

— Impossível. Se tornar um gato fofo assim? Eu acreditaria mais numa besta de quatro metros.

Tiro seu braço da minha frente e caminho rápida até o arbusto de onde o gato saiu e agora estava lambendo suas patas como se fosse divertida nossa pequena discussão sobre ele.

Pego o bichano no colo e ele ronrona passando seu focinho pelo meu pescoço.

Dou um largo sorriso para ele e olho para Azriel que ainda acha que pode ser um feiteçeiro, então reviro os olhos. O pelo do animal é de um preto reluzente mas está com fiapos de neve presos por entre ele. Suas orelhas são levemente pontudas e sua cauda é bem peluda. Seus olhos são de um amarelo quase flourescente mas ali na claridade parecia um dia ensolarado de verão. O animal então da uma lambida na minha bochecha e dou risada soltando um "Anwww"

Azriel está olhando assustadoramente para o gato como se ele fosse atacar a qualquer momento.

— Olha só gatinho, como ele é um cara malvado. — Digo com uma voz de bebê  balançando o gato para olhar para Azriel que esconde uma risada. — Ora Az, pare de fingir o valentão e olhe para o gatinho.

— Valentão? — Ele debocha.

— Az? — Ele se aproxima verificando melhor o gato. Um sorriso de canto lhe escapa quando ele passa a mão nos pelos do gato e ele ronrona. — Ah pelas estrelas, nós podemos ficar com ele? — Pergunto como uma criança mimada e Azriel faz uma careta como se não fosse ele que tivesse que decidir isso. — Ah vamos, por favor é só um gatinho. Eu prometo cuidar dele, por favor? — Peço mais uma vez com pulinhos e o gato mia num pedido para ficar também.

Vamos gatinho me ajude.

— Tá bom, só não fica de joelhos por este gato.

Dou risada pela piada, sempre ácida, mas não deixa de ser uma piada.

— Agora nós temos que dar um nome. Ele é quase que nosso filho Az! — Azriel fica rígido com minhas palavras e percebo que o assustei com a palavra "filho" — É só um gatinho, Az, vamos adota-lo juntos? Afinal, fomos nós dois que o achamos. — Dou um sorriso para ele que fita meus lábios repuxados e o animal em meu colo.

— Eu... Eu não sei se vou ser um bom "pai" — Ele faz aspas e suspiro. — Nunca cuidei de um animal antes.

— Que mentira, você cuida de Cassian. — Ele pende a cabeça para trás e solta uma  risada que ecoa pela floresta. É um som incrível de se ouvir, coisas raras são, na verdade. — Você vai ter a mim para lhe ajudar. — Pisco para ele e olho para o seu antebraço. — Aguenta uma dorzinha?

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora