Capítulo 58

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Batuco os dedos impacientes na mesa esperando que Ludu esquentasse aquela merda de chá

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Batuco os dedos impacientes na mesa esperando que Ludu esquentasse aquela merda de chá. Eu não quero chá, eu quero respostas e ela sabe disso, só está me atrasando.

— Quantos cubos de açúcar? — Ela pergunta docemente e sinto vontade de revirar os olhos.

— Dois, por favor. — Tento ser educado gesticulando.

Como ela pode dizer que não sou educado? Sou mais educado que qualquer um. EU sou um rei e um rei muito educado. O melhor. Só estou impaciente e ela está conseguindo fazer com que eu fique ainda mais.

Bufo e passo minha perna direita para a esquerda descansando-a em minha coxa com graciosidade.

— O que achou das cortinas novas da entrada? — Ela pergunta arrastando a xícara na mesa para mim e a encaro com as sobrancelhas erguidas.

Cortinas? A me parecem muito boas para enrola-las em seu pescoço e te enforcar.

— São muito bonitas. — Digo entediado com a voz arrastada.

— Sim, eu as fiz com...

— Olha, muito obrigada pelo chá e pelo papinho entediante, mas você sabe porque estou aqui Mama Ludu, agora comece a proferir palavras que me deem respostas. — Eu a interrompo ríspido e ela me encara.

Seus olhos de repente ficam mais sérios e sua postura mais rígida. Acabo ficando do mesmo jeito. A algo nessa história que ela irá me contar que não devo estar pronto para ouvir porque estou me apavorando por dentro sem ao menos ter escutado uma palavra.

— Já encontrou a garota não é mesmo? — Sua voz é baixa, mas firme e ela chega o tom mais para perto, como se tudo fosse um segredo.

— O que Violet é? Ela não é apenas uma humana que me roubou e veio parar nesse mundo acidentalmente, não é? — Pergunto porque estou desconfiado. Desconfiado é pouco para o que estou sentindo agora.

Ludu aperta os lábios e respira fundo pelo nariz.

— Draven, isso é muito mais complicado do que você imagina. Muito mais. — Ela enfatiza e beberica o chá. — Mas, já está tarde para você saber. Preciso te contar logo antes que coisas ruins aconteçam.

— Então comece a falar. — Digo entre dentes apertando a alça da xícara com força.

— Seu pai era um homem muito ganancioso Draven e você sendo seu primogênito... Deveria ser o espelho dele para os próximos, mas ele via que você era apenas cacos quebrados. — Ela sussurra e engulo em seco travando o maxilar. — Tudo o que você viveu o quebrou e ele não aceitava isso porque sua história tinha mais um personagem principal, Draven. E essa personagem era Violet.

Meu coração acelera e sinto meu sangue esquentar, porém fico em silêncio.

— Violet foi um "erro" — ela faz aspas. — para os Roduans. Pois uma das especialidades de vocês era mentir e Violet fazia o oposto. Ela contava a verdade e desmentia a mentira. Ela sabia reconhecer uma mentira de longe, mas não sabia faze-la. Então a prenderam e começaram a estuda-la. A pobrezinha sofreu tanto, pois a cada frustração de seu pai, era uma tortura diferente.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora