Capítulo 8

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Abro os olhos com muito esforço, parecem que estão realmente congelados então tudo o que aconteceu vem atona. A primeira coisa que enxergo é Azriel abrindo a porta de um quarto comigo em seus braços.

Ele está desesperado, mostrando os dentes com raiva para o que quer que seja, pode ser que nada em especial, mas está nervoso e desesperado.

— Az? — Minha voz sai tão rouca e baixa que ele só escuta por eu estar colada a ele. — Eu não consigo me mexer. — Tento mexer os dedos mas tudo parece congelado o suficiente para me desesperar.

A sensação é péssima.

Ele junta as sobrancelhas num olhar triste, como se estivesse sentindo essa dor e todo esse gelo em mim.

— Eu sei. Você precisa de um banho quente mas não tem ninguém nessa casa. — Ele bufa. — Maldita hora que eu enviei as gêmeas para uma missão.

 O que isso significa? Que ele vai ter que me dar banho?

Entramos no cômodo e mal consigo ver o que tem dentro dele já que tudo é coberto por sombras negras, como fumaça. Tudo exceto a cama, o armário, a janela e o banheiro que não tinha porta. Era o quarto de Azriel. Todos sempre tentaram entrar aqui mas ele nunca deixou levantando hipóteses loucas de Cassian, mas mesmo assim ele não me deixa ver o que "realmente importa"

— Aii. — Dou um gritinho sentindo dores fortes no meu corpo e principalmente na minha cabeça. Sinto como se uma bola gigante de neve estivesse vindo derruba-la como pinos de boliche. Morrer deve ser bem melhor que isso, porque me sinto dentro de uma geladeira.

— Pelos deuses. — Ele resmunga consigo mesmo e esquenta a água com uma de suas mãos.

— Já que é tão repugnante me tocar Azriel, eu posso tentar fazer sozinha e se eu não conseguir que se dane. — Eu reclamo com ele que balança a cabeça imediatamente. Não quero que ninguém me veja nua, nem eu mesma me vejo quem dirá outra pessoa. Mas não sei porque reclamo dele não me tocar...

Deve ser pelo fato de que ele é, curiosamente, a unica pessoa que me tocou e eu não me senti mal e é por isso que preciso do seu toque.

Droga, estou virando uma garotinha carente.

— Não, eu não acho você repugnante... — Ele se engasga nas palavras deixando as bochechas levemente coradas e quero rir se meus dentes não estivessem congelando. — Eu vou fazer isso com respeito, é claro. — Ele acrescenta e entendo que não é por que ele não quer, é porque ele não quer que eu me sinta ofendida.

Azriel jamais me tocou ou me viu nua por completo, ao contrário dos outros, por isso ele não quer me ofender de tal forma.

— Az eu nunca me sentiria ofendida. — Tento sorrir para ele e seu peito está subindo e descendo depressa, se não fosse tão doloroso o meu estaria assim quando ele me senta numa cadeira ao lado da banheira e tira as luvas. Suas mãos fortes e cheias de cicatriz é a primeira coisa que vejo. Já imaginei várias vezes, secretamente, aquelas mãos em mim mas sei que ele nunca o faria, senão por necessidade igual agora. Mas ele tem vergonha de sua mãos.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora