Capítulo 43

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Não sinto fome. Não sinto sede. Não sinto sono. Não sinto a vida dançar dentro de mim.

Sei que fiz o certo e sim eu estou muito feliz em ter minha família bem. De ter meu sobrinho, de ver Feyre viva e de testemunhar o sorriso no rosto de meu irmão. Mas me sinto vazia ao mesmo tempo.

Não consigo tirar de minha cabeça a minha filha me abraçando.

" Eu te amarei em mais de milhões de anos"

— Eu te amarei em mais de milhões de anos. — Repito como se ela pudesse me escutar, mas sei que não.

Então choro.

Pressiono meu rosto contra o travesseiro apoiado em meu colo e choro, chacoalhando os ombros, sentindo minhas mãos trêmulas.

O sorriso dela era igual ao meu. Ela tinha o jeitinho de Az. Até sombras me lembro que a rodeavam, mas só agora percebo que não tinha nada a ver com o lugar que estávamos, ela tinha o dom de Az também.

Sinto uma mão acariciar minhas costas. A outra puxa com cuidado o travesseiro de mim me obrigando a erguer meu rosto para a luz. Azriel estava com os olhos vermelhos e sei que ele esteve chorando. Toco a lateral de seu rosto e ele fecha os olhos sentindo a palma de minha mão contra sua pele.

Sua mão segura de leve meu pulso, acariciando-o com o polegar.

— Me desculpe. — Sussurro com aquele nó horrível em minha garganta.

— Não faça isso Moon. — Az pede. — Não se culpe. O que... — Ele não consegue falar, mas pigarreia. — O que aconteceu tinha que acontecer para o bem de todos né?

Ele forçava o sorriso como eu fazia e fiz a algumas horas.

— Como ela era? — Meu parceiro pergunta se sentando ao meu lado e me puxando para seus braços.

Abro um sorriso verdadeiro para o nada e fecho os olhos buscando imagina-la de novo.

— Ela tinha a pele morena como a sua, parecia banhada pelo calor do sol e seus olhos tinham o mesmo formato dos seus, mas com pupilas violetas com faíscas prateada assim como os meus olhos. Seus traços como o nariz e os lábios eram como os seus, amor, mas as orelhas eram pontudas como as minhas. — Dou uma risadinha. — Ela seria metade feérica e metade illyriana e com certeza Devlon e chamaria de mestiça quando quisesse irrita-la. — Respiro fundo. — Seus cabelos eram longos e negros como os meus e quando ela sorria, ela fazia aquilo...

— Ela tinha seu sorriso? — Az pergunta sorrindo e acariciando meus cabelos.

— Sim e presas como as suas. Bem afiadinhas. — Respondo e deito minha cabeça em seu peito. — Sua pele era tão macia quando me abraçou. Sua voz era tão doce e carinhosa quando me chamou de mamãe e tão amorosa quando disse que amava o papai.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora