Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
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— Desculpe. — A palavra soou sem emoção quando Az olhou para o chão e as direcionou para Rhys.
Estou passando a mão pela suas costas, com carinho, para recomforta-lo, olhando para ele com conforto no olhar, mas olho para Rhys que nos encarava com um pequeno sorrisinho.
Não esperei que Rhysand respondesse algo, mesmo sabendo que seria uma piada para quebrar a tensão, pois rápidamente levei Azriel para o meu quarto que era separado das suítes que Thesan selecionou para os grão-senhores e suas comitivas. Eu sei que ele iria entrar naquele mundo sombrio se ficasse com pessoas ao seu redor e não quero que ele se machuque.
Ficamos em silêncio. Azriel sentado ao pé da cama com uma expressão que revelava nada, mas ao mesmo tempo, eu sentia. Droga! Eu por algum motivo sentia sua dor e ela não tinha nada haver com os acontecimentos de hoje. Parecia... Parecia uma dor tão profunda que ele carregara a anos.
Talvez séculos de dor.
— Você não é um monstro Az. — Digo de repente porque foi o que ele me disse quando me senti mal.
Silêncio.
— Para de pensar nisso. Você não é um monstro.
— Se eu não sou um monstro... Eu sou o que? — Ele continua sem olhar em meus olhos, mas sua voz é firme.
— É diferente, Az. E... Eu gosto disso. É lindo.
Seus olhos enfim encontram os meus brilhando por alguns segundos, mas permanecem em silêncio.
— Se quiser eu te deixo sozinho. Parece que não quer ficar mais perto de mim ultimamente então...
Suspiro sem conseguir terminar de falar e como o silêncio é sua resposta para tudo, eu me viro para sair.
As coisas andam tão estranhas. Tão... Distantes entre nós, mas, também tão próximas de se encontrarem.
Ainda demoro para abrir a porta na esperança dele me chamar, de dizer que quer ficar sozinho, mas comigo, porém tudo o que ele faz ainda é dizer nada.
Completo e resoluto silêncio.
Sigo para a suíte onde minha família está e assim que me vê, Mor me abraça com força. Eu retribuo e faço carinho em seus cachos dourados e sedosos. Sei que está triste e assustada por mais uma vez Az explodir.
— Como ele está? — Ela pergunta preocupada.
— Quer ficar sozinho. Pelo o que parece. — Respondo e ela continua aflita. — Mor, isso quer dizer que ele quer relaxar os nervos.
Ou quer dizer que não quer que eu descubra algo. Que eu não sinta o que ele sente, mas era inevitável. Por algum motivo eu senti sua confusão.
— Sabe mais sobre ele do que eu, não gosto disso. — Cassian fica com ciúmes do irmão e demos risada. Mor parece mais tranquila e até Feyre está mais corada agora.
