Capítulo 59

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— Quero conhecer a cidade

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— Quero conhecer a cidade.

Violet não pede, mas sim ordena para que eu a leve para conhecer meu reino. Ela ergue o queixo segurando o garfo em uma das mãos, antes de espeta-lo em um pedaço de melão.

— Hmm, aliás eu acho que vocês deveriam fazer panquecas. Eu nunca comi, mas lá aonde eu vivia todo mundo comia. Deve ser bom.

— Eu não me lembro, mas... Já disse que você é bem insolente? — Questiono de propósito e ela sorri pra mim. Tenho que continuar a tratando como a tratei antes de me lembrar de quem ela realmente era, mas era quase impossível não sorrir junto com ela.

— Draven, você tem covinhas! — Ela exclama saindo de sua cadeira e vindo pra cima de mim, tocando meu rosto e tento afasta-la. — Ah meu deus, que fofo! É um baby dragon.

— Não me chame de bebê. — A aviso, mas sei que é perca de tempo. Violet não obedece a uma palavra sequer que eu digo, por mais ríspido que eu soe.

— Baby dragon! — Ela diz com uma voz mais fina, apertando minhas bochechas e arregalo os olhos desesperado. — Está bem, não vou mais te irritar... — Ela beija minha bochecha e sinto algo dentro de mim derreter. — Por enquanto.

Reviro os olhos para conter um sorriso e ela volta a se sentar em seu lugar e volta também a comer. Acho bonitinho que ela coma se balançando quase que imperceptivelmente, como se estivesse cantarolando mentalmente. Parece uma criança.

Balanço levemente minha cabeça em negação vendo essa cena e volto a comer para não ter que ficar encarando ela o tempo todo como eu gostaria.

— Disse que não sabia o que era a Bela e a Fera... Eu tenho esse filme salvo em meu celular, nós podemos assistir mais tarde. — Ela diz um pouco tímida e me surpreendo pelo convite.

— Está bem.

— Vocês têm pipoca né? — Ela pergunta e dou risada pela sua cara de boba.

— Não somos tão antiquados assim, Violet.

— Você não é antiquado. Parece que passou bastante tempo no outro mundo. — Ela diz como quem não quer nada, bebericando o café e disfarço um pequeno sorriso, me inclinando mais na mesa interessado nas próximas palavras. — O que te interessava lá? As festas e as mulheres?

— Exatamente. — Concordo com ela que fica surpresa com minha resposta. Vejo que Malina não consegue disfarçar um risinho ao passar por nós e notar o que está acontecendo. Claro que digo isso apenas para irritar a ruiva a minha frente.

— Achei que não precisasse atravessar um mundo pra isso. Tem um cômodo só para isso. — Ela diz a última parte mais baixo e esfrego as têmporas apertando os lábios para não rir.

— Olha Violet, você com ciúmes é inacreditável. — Digo cobrindo a boca com os ossos de minha mão e olho para ela sem disfarçar o sorriso. Ela estava vermelha e não parava de morder o interior de suas bochechas. — Mas, para sua curiosidade eu tenho aquele quarto porque nunca fiz nada com ninguém no meu.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora