Abro os olhos ao som de gritos e relinchadas. Posso jurar que ouvi vidros sendo quebrados também e por esse motivo dou um pulo de susto vendo que estava caída no chão empoeirado.Minha cabeça estava zonza e a última coisa que conseguia me lembrar era de ouvir a voz de tio Draven se aproximar e Aidan abrir aquele ovo maldito.
— Merda. — xingo tentando me levantar. — Aidan eu acho bom você começar a se explicar porque estou ficando bem impaci... — olho em volta vendo que estou sozinha em um beco sujo atrás do que me parece ser um bar. — ente.
Fecho os olhos por um segundo e respiro fundo. Urgh! Péssima ideia. Esse lugar cheira a feno molhado, cerveja barata e cloaca. Eca!
— Aidan? — chamo seu nome alto afim de procurá-lo, mas o barulho de gente falando era tanto que o mais eficaz a fazer seria estudar o ambiente e entender aonde fomos parar para emfim achar meu amigo.
Estava frio e estar usando um vestido não era exatamente o que eu precisava. Eu precisava de armas, mas posso me contentar com os meus poderes. Ninguém tentaria mexer comigo aqui.
Olho em volta, me aproximando do candelabro da entrada daquele estabelecimento. Me parecia um lugar familiar. Parecia... Parecia ser sob a montanha. Eu conhecia aqui! Era aqui que minha mãe havia reformado e transformado numa instituição para crianças abandonadas.
Ufa! Aquele ovo não nos levou para nenhum lugar estranho. Eu estava praticamente em casa. Acho que tio Draven nos pegou no pulo e deu um jeito de me enviar pra casa.
— Bom, certamente tio Dray está ficando velho. — digo comigo mesma enquanto pego o lampadário para enxergar o lindo trabalho que meu pai e minha família fez com aquele lugar. — Em vez de me mandar para o meu quarto quis me castigar me fazendo caminhar um pouco.
Aponto em direção a instituição e tomo um susto.
— Ué! — franzo a testa.
Eu jurava que era menos antigo. Devia fazer tanto tempo que eu não a visitava que está mais parecendo um castelo abandonado.
— Preciso informar isso a minha mãe. Ela deveria fazer outra reforma.
Me assusto com o som próximo de uma carruagem e consigo me esquivar a tempo dela não me atropelar.
— EEei!
Eu ia gritando, mas uma mão cobre minha boca. Meus olhos se arregalam. Porque meus sentidos não me alertaram? Sinto uma camada de pele estranha encostando em meu nariz e solto um suspiro. Eu conhecia essas mãos em qualquer lugar. Elas me largam e começo a rir.
— Nossa pai que sus...
Meu pai me empurra com força até minha coluna bater contra a parede de rochas daquele maldito bar. Solto um irei de dor, batendo os dentes. Será mesmo que era meu pai? Ele nunca me machucou assim antes.
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𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥
FanfictionQuando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...