Capitúlo 35

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Dou uma risada eufórica, cuspindo sangue

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Dou uma risada eufórica, cuspindo sangue.

— Quem é o próximo? — Cantarolo girando a espada em meus punhos.

Estou cansada, mas enfrentaria mais alguém. Estou numa semana de resistência e hoje no acampamento, desafiei todos os guerreiros a lutarem comigo. Bom, nenhum se prontificou então tive que apelar a obrigar que pelo menos dez lutassem comigo. Comecei lutando com um, ganhei. Depois lutei com quatro de uma vez, ganhei de novo. Depois lutei com quinze guerreiros e por mais que eu tenha acabado cheia de cortes e com alguns hematomas dolorosos, eu ganhei de novo até completar minha meta de vinte guerreiros caídos.

Nem Cassian conseguiu fazer o que eu fiz. Queria que estivesse aqui para ver.

— Chega Moon, nós já entendemos que hoje você teve um dia de sorte. — Devlon interrompe o treinamento e franzo a testa.

— Dia de sorte? — Pergunto horrorizada. — Mais que... Que porra de dia de sorte, Devlon?

Eu já estava cansada de toda vez que eu lutava, desde que entrei nessa merda de acampamento, ele duvidava das minhas capacidades.

— Não foi um dia de sorte, foram anos e séculos de dedicação. De batalhas, de treinos, de insultos, de xingamentos, de vários e vários "você não consegue princesinha" "você é fraca demais sua mestiça" "duvido que levante dois quilos sem precisar de um macho." — Respiro fundo e continuo a encarar Devlon, sua veia na testa saltava de raiva, porém ele iria ouvir. — Mas eu já cansei de ouvir que eu sou fraca. Eu derrubei vinte de seus homens em menos de três horas, sozinha e usando apenas punhos e lâminas. Ainda me acha uma fraca Devlon?

— Tenho mais o que fazer. — Ele responde se virando.

— Eu acho que tem mes...

Eu ia falando, mas sou interrompida quando meu reflexo me ajuda, com rapidez, ver o punho de Devlon ser lançado contra mim, mas sou tão rápida que o pego e seguro com força. Com toda a minha força restante. Ele me encara com os olhos arregalados e lhe dou um sorriso felino por ver que estou esmagando a mão de um lorde de guerra.

— O jogo, senhor Devlon, sempre vira. — Sussurro olhando em seus olhos. — E agora, virou para a porra da mestiça.

Solto seu punho com força, ainda o encarando e pego minha espada do chão cuspindo um pouco do sangue que restara em minha boca no chão bem aos seus pés, sujando suas botas.

— Eu acho bom voltarem a treinar. Se uma fêmea derrubou vinte, imagine o que um exército delas fariam. — Digo já de costas para ir embora e escuto as garotas gritarem em comemoração.

Sorrio sozinha.

O jogo virou para a mestiça que mal sabiam que era a rainha de todos eles.

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𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora