Capítulo 4

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Assim que estava a sós com Feyre, eu a fiz contar tudo

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Assim que estava a sós com Feyre, eu a fiz contar tudo. Tudo sobre quem ela era... Quem ela foi e o que passou. Por mais que ela tenha me transmitido isso de alguma forma pela minha mente, eu ainda queria ouvir suas histórias sendo contadas por ela mesma. Mas, por livre e espontânea vontade, ela se prontificou aos detalhes. As palavras que saiam de sua boca me fervilhavam o sangue, pelo o que passou com tão pouca idade e ainda o que passou depois disso. Porém, ela continuava com sua bravura e isso me fez ter certeza que era ela a salvadora.

— Então Rhysand te salvou das mãos de Tamlin? — Pergunto para ter certeza e ela da um sorrisinho.

— Tecnicamente.

Sinto que isso foi alivío para ela e que hoje é facíl de contar.

— Sabe, eu ainda quero mata-lo e não é só por minha mãe e por minha irmã mais nova mas... Por você e por mim.

Feyre arregala levemente os olhos e abre a boca afim de falar mas as palavras tropeçam uma nas outras e ela tem de se concentrar de novo.

— Tamlin e você... Ele já fez algo e...

— Onde estão todos? — Pergunto ignorando por um minuto a pergunta e ela franze as sobrancelhas.

— Na casa da cidade.

Meu coração saltita ao lembrar dessa casa e um sorriso sem querer se forma em meus lábios. Feyre também sorri.

— Quer ir até lá? Caso não queira ficar aqui. — Ela sugeri e aceno.

— Ótimo, assim posso testar meus atravessos. — Digo me levantando e ela olha atrás de mim como se procurasse algo.

Disfarço ao máximo a dor que sinto ao entender o que ela procura e sorrio me transformando em névoa.

Nossa aparição faz todos correrem até a porta, sentindo a presença de duas pessoas e quando Rhys a abre lhe dou um sorrio sarcástico.

— Eu ainda sei usar a noite. — Pisco para ele que franze a testa ao nos ver ali.

— O que fazem aqui?

Rhys pergunta mas nem presto atenção já que o empurro com o ombro e passo pela porta sentindo meus olhos brilharem a cada passo. A casa era como todas as outras, nada daquele luxo de palácio, era apenas aconchegante. Nunca gostei de palácios, sempre me deixaram apreensiva por isso passavamos a maior parte de nosso tempo aqui nesta casa.

Passo os olhos pela sala, os sofás bagunçados por mantas davam o sinal de que estavam deitados ali, provavelmente Cassian. O carpete cereja e a grande mesa de madeira do outro lado da sala perto da porta da cozinha. Tudo tão... Tão novo e tão nostálgico ao mesmo tempo. Seguro com toda a minha força a vontade de chorar, não quero preocupa-los mais. Meus olhos param na garrafa de vinho encostada perto da lareira, aberta bem perto de Mor.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora