Capítulo 15

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— Ei Moon?

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— Ei Moon?

Alguém me chama mas não quero abrir os olhos, então, depois de xingar quem quer que seja, amasso mais meu rosto contra o travesseiro.

— Moon acorda vai. — Era Azriel. Ele passa rapidamente as mãos em minha testa onde empurra uma cortina de cabelos emarranhados que caiam, ou melhor, escondiam meu rosto.

— Pelo caldeirão, Az. Que horas são? — Pergunto baixinho com a voz rouca de sono enquanto esfrego meus olhos.

Franzo a testa de leve ao perceber que ele não responde e abro os olhos. Ele está me encarando com um pequeno sorriso.

— Pare de me olhar assim, estou horrível. — Tampo meu rosto com o travesseiro.

— Você é linda. — Ele fala tirando o travesseiro do meu rosto e tenho que me esforçar para não demonstrar o quanto gostei de ouvir isso. — Mas é uma aprendiz agora então...

— Espera do que está falando? O solstício não é hoje. O combinado foi irmos a missão na noite seguinte a do solstício. — Protesto confusa.

— Eu disse que iriamos a uma missão nesse dia, mas hoje, nós iremos fazer outra coisa e aí prometo te deixar dormir.

Olho repetidas vezes para sua íris, com a testa ainda franzida e a boca levemente aberta quando, enfim, me rendo e levanto da cama num suspiro.

— Ainda não me disse que horas são.

— É madrugada. Umas duas da manhã mais ou menos. — Ele responde se virando pra mim e bocejo tentando andar até o banheiro mais tropeço antes de chegar até lá.

— Mais que merda!

— Como conseguiu cair sozinha? — Az pergunta impressionado. Mas não num sentido legal.

— Por que não pergunta para o seu quarto cheio de sombras e fumaça negra? Mal posso enxergar algo além da cama e o banheiro. — Reclamo me levantando. — Aliás, que roupa eu devo vestir?

— Aqui está, seu novo uniforme. — Ele aponta para o seu lado e vejo um conjunto de calça e camisa pretas. Tudo bem colado num tecido que grudaria no meu corpo mas ao mesmo tempo me daria elasticidade para correr. — Há alguns esconderijos para armas nele. Achei que ficaria bom em você.

— Coisas apertadas como isso vão valorizar meu bumbum, você tem razão. Ficará ótimo.... Ei não tem nem um decotizinho na frente?

Az esfrega as têmporas.

De duas uma: ou estou lhe estressando tanto a ponto de uma dor de cabeça o incomodar ou sua imaginação foi bem fértil.

— Tudo bem, entendi. Você é um homem de poucas palavras. — Levanto as mãos rendida e pego meu uniforme para vesti-lo. — Mas o que você achou da roupa da mamãe, Ônix? — Pergunto para nosso gatinho e ele boceja antes de voltar a dormir.

𝐋𝐮𝐚 𝐒𝐨𝐦𝐛𝐫𝐢𝐚 - 𝐀𝐳𝐫𝐢𝐞𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora