Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
2/2
Arregalo os olhos sentindo o ar vir de uma vez para os meus pulmões. Engasgo um pouco e levanto o meu corpo observando aonde eu estava. O teto era todo enfeitado com estrelinhas e a cama redonda estava cheia de travesseiros macios e com lençóis escuros... Era meu quarto no castelo de tio Draven.
Levo a mão ao peito sentindo uma dor muito forte e então sou invadida por uma onda de lembranças. Tudo o que aconteceu nos últimos dias e nos últimos minutos de quando eu estava naquele inferno veio a tona. Sinto minhas mãos tremerem e as lágrimas rolarem por minhas bochechas.
Aidan. Aidan morreu.
Deixo escapar um som angustiado da garganta e balanço a cabeça em negação. Isso não pode ter acontecido, tem que ser apenas uma brincadeira cruel do destino, eu precisava vê-lo.
Levanto da cama rápido e quase desmaio. Eu não possuía nenhum ferimento tão aparente, apenas ataduras em algumas partes do meu corpo, mas aonde mais doía não tinha remédio nem ataduras que curasse, apenas ver Aidan respirando seria a minha cura.
Abro a porta com rapidez e começo a correr em direção ao seu quarto mas esbarro em algo.
— Astrid! — ouço a voz do meu tio e o mesmo me ajuda a levantar com firmeza. — Ei ei calma.
Não consigo falar. Apenas olho para ele chorando tanto que minha garganta fica entalada e se não fosse pelas suas mãos me segurando eu cairia novamente.
— Ast você precisa descansar...
— Não, não... Cadê o Aidan? — pergunto desesperada tentando me desprender dele. — Por favor onde ele está, eu preciso tanto vê-lo. Me diz que ele voltou comigo. Por favor...
Vejo quando meu tio me olha com um olhar triste e aquele pânico começa a crescer imensamente no meu peito. Até que ele me solta e volto a correr até o quarto de Aidan sem me importar com o fato de que eu não conseguia nem ficar de pé direito.
Abro a porta do seu quarto bruscamente e ao ver aquela cena eu não consigo nem me sustentar de pé. Caio de joelhos ao lado de sua cama vendo seu corpo ali deitado nela e não paro de chorar. Ele estava aqui e pelo o que parecia vivo. Mas estava aqui.
Sorrio olhando para os céus como agradecimento e finalmente meu peito consegue se encher de alegria. Eu estava muito machucada. Minha cabeça nunca seria mais a mesma depois do que enfrentei mas saber que Aidan não havia me deixado para sempre me dava forças.
— Aidan... — sussurro passando minha mão suavemente pelos seus cabelos.
Ele estava dormindo, eu podia ver seu peito subindo e descendo. Oh céus que alívio!
— Obrigada por ter vivido por mim. — sussurro continuando o carinho em seus cabelos e seu rosto. — Ah céus o que eu faria sem você? Eu não seria nada. — digo me permitindo sorrir de novo. — Sem você minha vida não tem sentido. — o nó volta a crescer na minha garganta e meu peito se enche cada vez mais e solto uma risada baixinha. — Pelas estrelas Aidan, eu te amo tanto...
