Quando se trata de sacrifícios pelos que ela ama, nunca foi um desafio. Moon prometeu a si mesma que aguentaria tudo pela família e pelo seu povo, mas ela sabia que lá no fundo era medo. Apenas medo de perder a única pessoa capaz de lhe dar asas par...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Alexia play Strange!
Por Moon.
Draven está ajoelhado ao lado da cama onde Violet está deitada e desmaiada. Está assim a dias. Dias na mesma posição segurando a mão de sua parceira para senti-la, pois a única vida que preenche o peito de Draven agora é a de Violet. Ela move a respiração para seus pulmões e acende a chama que faz seu parceiro funcionar.
Draven não comia, não tirou o sangue do rosto e nem das roupas, não se importou quando me aproximei e examinei o corte na lateral de sua barriga, estava irreconhecível pois não falava. Não abrira a boca nem por um segundo. Eu não sabia o que lhe passava pela cabeça, mas podia sentir o peso de sua dor. Podia sentir que cada fio de esperança estava sendo arrancado de seu peito, farfalhando aquela dor e a empurrando para o fundo de sua alma, já que seu coração totalmente quebrado e cheio de hematomas lutava para que Violet voltasse para cura-lo.
Sua cabeça estava baixa e vez o outra eu o pegava fechando os olhos com força, lutando contra a vontade de chorar. Draven estava se apoiando naquela simples respiração de Violet, porque para ele era a única coisa que o motivava a tentar. Ele sabia que as chances de ser feliz daqui a um futuro próximo eram poucas, mas se agarrava fundo de suas memórias com sua parceira.
— Draven? — O chamo e ele não levanta a cabeça. — Por que não a beija? Talvez, assim o laço queime dentro dela e nos ajude.
Ele levanta o olhar para o nada e fica em silêncio, questionando-se se aquilo realmente funcionaria.
— É... — Ele sussurra tão baixo que mal posso ouvir, mas se levanta e examina com os olhos sua parceira.
Então ele se curva na direção de Violet e empurra devagar uma mecha ruiva de seus cabelos que lhe atrapalhavam, para logo em seguida acariciar a bochecha pálida de sua parceira com carinho. Vejo ele querer sorrir e um pequeno sorriso fraco desabrocha de seus lábios.
— Volte pra mim, meu amor. — Ele sussurra e meu coração se aperta e se enche de esperanças ao mesmo tempo que vejo ele pressionar suavemente os lábios nos dela.
Eu e Az nos entreolhamos e ambos estamos crentes que nosso plano irá dá certo, principalmente quando Violet desperta arregalando os olhos que brilhavam. Eu acabo sorrindo, mas logo meu sorriso some por uma onda de choque ao ouvir um estalo soar em meus ouvidos.
— Quem é esse louco que está em cima de mim? — Violet esbraveja empurrando Draven com força e ele se afasta imediatamente.
Violet o olhava como se ele fosse uma doença contagiosa e logo se senta na cama o mais longe possível dele.
Todos os seus machucados foram curados por mim e por Madja que nos ajudou ontem em todo esse tempo.
— Ah, é... Violet, você bateu a cabeça... Consegue se lembrar de algo? — Pergunto com um sorriso, tentando consertar as coisas.
