("Don't go Away Mad" - Motley Crue)
Apesar de ainda terem algum tempo, Iza estava mais animada do que os noivos. Todos os dias, quando não estavam juntas, enviava pelo Whatsapp links de decorações para casamentos, vestidos e perguntas sobre convidados, que horário preferiam fazer a cerimônia. Na verdade, Ally estava gostando muito mais do que queria admitir até para si mesma. Era divertido pesquisar vestidos, ler relatos de casamentos (embora tivesse sérias dúvidas quanto a relatos 'perfeitinhos demais' — tinha certeza absoluta que não seria nada assim com eles).
E assim, os dias passaram tão rápido que se esquecera completamente da agenda de Norman, e só lembrou das gravações do filme quando ele chegou do set certa tarde com um chapéu de cowboy.
— Howdy! — ela o cumprimentou quando o viu entrar com aquele chapéu. — Dia difícil perseguindo ladrões de gado, Xerife?
— Howdy, Ma'am! — ele respondeu levantando a aba do chapéu. — Meu primeiro dia como John Wayne e quase não chego inteiro em casa.
— Está com fome? Posso fazer alguma coisa...talvez torradas com feijão.
— Ok, chega! — ele apontou o dedo para ela. — Eu gostei do chapéu, respeita!
Ela riu enquanto separava uma pasta com documentos.
— Você sabe que não precisa de tudo isso impresso, não é? Estão salvos no computador e tudo!
— Não confio. Prefiro ter tudo em papel e bem guardado, só isso. E como foi o primeiro dia no trabalho novo? Já matou ou vai morrer? Teve trégua da guerra fria?
— Minha nossa, mulher! Uma coisa por vez! Não, não morri nem matei ninguém por enquanto. Tivemos trégua, pelo visto. Boa parte do tempo em que não estava gravando, estava lendo o roteiro. Tem uma equipe legal, a maior parte do tempo a Fabienne estava conversando, me explicando...foi muito bom.
— Nenhum beijo roubado?
— Apenas os técnicos. Fora isso...
— Bem, são ossos do ofício. Melhor escovar os dentes antes de me beijar.
— Não tem veneno nenhum, que drama...
— Mesmo assim...vai! — Ally apontou para as escadas com o queixo. Ele passou por ela meio conformado, mas assim que subiu o primeiro degrau, virou-se de repente roubando um beijo.
— Viu só? Ninguém morreu... — ele sussurrou enquanto a beijava de novo, com mais força, puxando seu corpo mais perto dele com o braço envolvendo sua cintura.
— Hm...é melhor essa mulher se conformar com beijos técnicos, porque se ela tentar te beijar de novo contra a ética profissional, vou roubar uns dentes dela...
— Hm...ciumenta and agressiva...gostei. — Ele sussurrou enquanto aproximava seus lábios dos dela de novo, as mãos subiam lentamente pelas suas costas. — Que tal se nós...
— Agora?
— Agora.
Ally olhou para ele com os olhos arregalados e depois para cima como se estivesse calculando algo.
— Acho que temos alguns minutinhos até a hora de buscar as cr...
Ele colocou o indicador sobre a boca dela— Hm-hm...já entendi, chega de falar pra não perdermos mais tempo...
Aquele dia havia começado com tanto calor que àquela hora nuvens carregadas começavam a se agrupar. Em breve uma chuva pesada cairia, mas não tinha nenhuma importância enquanto ele a levantou no colo, cruzando suas pernas ao redor de seu corpo até o sofá. Deitou-a no estofado, os lábios colados. Ally deixava que ele percorresse com as mãos sob a camiseta, procurando pelo cordão que amarrava a calça moletom e o puxava como se fosse um obstáculo que precisava remover urgente. Seus lábios percorriam a linha do maxilar e o pescoço, descendo à procura de seus seios, que Ally o ajudou levantando a camiseta até acima deles.
Seus dedos massageavam o clitóris debaixo do tecido da calça e da calcinha, ondas suaves de calor e arrepio se espalhavam debaixo da pele de Ally e ficavam cada vez mais fortes a cada toque de sua língua em seus mamilos e os impulsos elétricos do toque dele entre suas pernas. Um raio caía não muito longe dali pois o som do trovão veio logo em seguida, a chuva começava a tamborilar nos caibros e na folhagem lá fora. Ele a beijava com mais força, sua língua invadia sua boca com toda a voracidade do desejo enquanto ela abria o zíper de sua calça, estimulando lentamente o pau quente e latejante em sua mão. A respiração profunda dele chiava contra a sua, como cócegas leves na pele delicada que se arrepiava ao toque mais suave. Pequenas gotas de suor brotavam de sua pele enquanto o masturbava, sentindo o calor e a rigidez aumentando.
Ele quis descer com seus beijos para provar mais uma vez o gozo que escorria em seus dedos direto da fonte, mas ela o segurou pelos ombros.
— Não, não temos esse tempo todo. — sussurrou enquanto se inclinava para cima para beijá-lo. — Vem aqui...
Fez com que ele se deitasse para subir em cima dele, encaixando-o dentro de si, sentia cada centímetro dentro dela, uma pontada forte machucou dentro dela. E adorava essa dor. Com a ajuda dele, que a segurava pelos quadris com as duas mãos, movimentava o quadril para frente e para trás, sentindo o pau dentro dela ser movimentado junto, o clitóris encostava e esfregava nele aumentando mais ainda o prazer. Inclinou-se para trás, apoiando as mãos nas pernas dele e a combinação das mãos dele em seus seios debaixo da camiseta e senti-lo dentro dela, ondas elétricas que arrepiavam cada centímetro da pele faziam seu quadril mover para a frente e para trás como se tivessem vida própria.
Ele se levantou, puxando-a pela cintura, a cabeça aninhada entre os seios, a respiração ofegante e os dedos apertavam a pele das costas. Os dedos dela agarravam seus cabelos puxando sua cabeça para o seu corpo enquanto ele jorrava dentro dela, tremendo com pequenos espasmos. Deitou-se de volta no sofá, puxando-a para se deitar, o corpo exausto e satisfeito de um sobre o outro.
Faltavam poucos minutos para cada um retomar as atividades do dia. O celular de Ally tocou sobre a bancada da cozinha.
— Já e hora? — Norman perguntou enquanto penteava os cabelos dela com os dedos, ainda com os olhos fechados.
— Não devia ser...que merda... — respondeu com a voz doce e rouca. — Precisava só de mais cinco minutinhos...
— Hm-hm, nada disso... — ele cutucou seu ombro com os dedos. — O dia ainda vai ser longo, vamos lá, coragem. Também preciso ir.
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Problemática- (Sometimes) Bad Can Do You Some Good.
ChickLitForam dois anos de esforços, tentado sustentar a relação e finalmente conquistar a confiança de Ally. Mas será que esses esforços bastavam? Com a relação evoluindo ao passo que a carreira de Norman avança, más decisões farão mal a todos. Mas será me...