A Deusa Aventureira Parte2: Natureza Selvagem

9 0 0
                                    

Horas mais tarde ao terem deitado adormecendo em suas camas no conforto das cobertas que ficaram enroladas deixando-as aquecidas naquela noite fria, não demorou muito até a chegada do final da madrugada levando pouco menos de uma hora até amanhecer. Enquanto isso a ladina começava a despertar se remexendo constantemente em sua confortável cama de cipó e seda, abriu seus olhos violetas encarando o teto de madeira escura do quarto da árvore. Depois que se espreguiçou soltando um bocejo não demorou a perceber que ainda estava escuro do lado de fora e sabendo como era bela àquela floresta durante a noite, decidiu consultar seu relógio de bolso descobrindo faltar 45 minutos para o amanhecer.

Desejando presenciar a natureza noturna da região saiu da rede onde estava deitada e caminhou até o lado da escrivaninha pegando e equipando seus pertences, mas antes de deixar o quarto percebeu em cima do móvel uma folha branca junto de um tinteiro e uma caneta de pena. Sabendo também que desejava despedir-se de sua amiga antes de partir, sentou-se na cadeira frente a escrivaninha e escreveu uma carta de agradecimento, pois havia se divertido bastante na companhia dela. Ao terminar colocou o tinteiro como peso para o papel não voar e seguiu para a saída atravessando o portal do quarto e seguiu pelo enorme galho chegando até a metade e aproveitando para observar a vista do que existia abaixo. Na esquerda estava o lindo santuário de sua amiga com um riacho de pedras que terminava num pequeno lago a duas dezenas de metros em frente a casa, aparentando ter alguns peixes, diferindo do cenário a direita composto pela natureza cujo chão e algumas folhagens pareciam brilhar.

Entretanto, ao olhar para cima pensando que avistaria um céu levemente estrelado ficou levemente decepcionada ao presencia-lo coberto por nuvens escuras indicando que choveria em breve. Então desejando continuar pelo caminho iluminado ela saltou do galho mergulhando de cabeça em direção ao chão, mas antes de atingi-lo usou novamente suas asas de vento fazendo-a planar até pousar em segurança no chão se iluminando com seus passos como se fosse uma batida do coração. Depois que desfez a habilidade começou a andar devagar enquanto olhava para o chão cujos passos faziam-no assumir uma coloração azulada, e depois presenciar e tocar nas folhagens ao lado assumindo uma coloração verde brilhante onde seus dedos tocavam. Durante sua caminhada iluminada que a deixava bastante animada, começou a perceber o silêncio que tomava conta da região, pois o único som que ouvia era das folhagens sendo balançadas pelo vento e o som dos trovões, aparentemente a maioria dos animais continuava descansando em suas tocas, pois havia visto apenas alguns pássaros voando pela copa das árvores. Nesse meio tempo ela proferiu:

Eris- Sempre gostei dessa iluminação natural da floresta. Mesmo após séculos existindo e visitando esse lugar várias vezes, continuo impressionada. — Expressou sua animação através de um sorriso e olhar curioso pelas diferentes plantas bioluminescentes.

Depois que proferiu seu comentário seguiu adiante levando alguns minutos até perceber que seus toques na vegetação e seus passos no chão não causavam mais o mesmo efeito, pois a luz se enfraquecia cada vez mais até que em determinado momento se apagou completamente deixando-a um pouco triste por não ter aproveitado mais, mas feliz por presenciar e se divertir. No entanto, aquele ocorrido era um sinal bastante claro que indicava o começo da manhã aquecendo e iluminando gradativamente a floresta, embora o sentimento do ar abafado tenha surgido rapidamente. Entretanto, logo tornou-se perceptível para ela o começo da chuva ao sentir alguns pingos atingindo o topo da sua cabeça e ouvir a chuva na copa das árvores cada vez mais forte. Portanto, não desejando ficar doente ao ponto de pegar um resfriado devido a possível mudança drástica de temperatura entre o calor da floresta e a chuva fresca, tirou da sua bolsa presa no cinto um manto verde musgo com linhas douradas e quando colocou protegeu suas costas com a capa e a sua cabeça com o capuz.

Uma hora mais tarde quando a chuva já havia tornado parte do chão coberto por uma fina camada de lama, a ladina enfrentava a situação com bastante calma em seus passos enquanto esquivava e cortava galhos da vegetação densa com seu facão. Porém, durante o caminho acabou não notando um declive considerável no terreno que a fez pisar em falso fazendo-a escorregar, mas antes de alcançar o solo recuperou um pouco sua postura e saltou ficando a centímetros do chão antes de cair sem jeito e rolar pelo chão de lama e bater de lado contra uma pedra. Segundos depois ao bater seu corpo contra a pedra estava sentindo algumas dores na lateral das costas e no quadril, quando conseguiu ficar em pé verificou a gravidade de seus ferimentos percebendo que não era nada preocupante, assim direcionando seu foco em recuperar seu equipamento perdido não demorando para encontrar o facão quase 1 metro acima no declive sendo coberto pela lama.

Konosuba AlternativoOnde histórias criam vida. Descubra agora