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| André Magalhães Lacerda |

Fechava o notebook encima da mesa de vidro do meu escritório, finalmente havia terminado os relatórios da última semana das Fazendas Lacerda, era cansativo, mas era isso ou cuidar do gado no interior de Minas Gerais, e eu ainda preferia o conforto do meu escritório.

Não via a hora de chegar no meu apartamento e ser recebido por Sarah e seu cheiro doce, curtia demais aquela ruivinha.

Estávamos nessa de morando juntos mas sem nada muito estabelecido, chamei ela pra dormir no meu apê uma noite e agora a escova de dentes dela estava lá. Não vou mentir, amava ter alguém me esperando quase chegasse em casa, pra me abraçar, alguém em quem eu pudesse descansar.

Fui cachorro solto por muito tempo, era bom finalmente parar um pouco.

Olhei o relógio e percebi que chegaria em casa algumas horas mais cedo que o habitual, ia ser bom fazer uma supresa pra ruivinha.

Desci o elevador da empresa e as as rampas em direção ao estacionamento subterrâneo indo até meu Civic 2022.
Destravo antes de entrar e começo a fazer a baliza pra finalmente ir pra casa.

Feliz em finalmente estar no condomínio, sigo ao meu prédio e subo o elevador para meu andar meio distraído, ainda resolvendo alguns assuntos da empresa.

Chego a porta do meu apartamento e destranco a mesma, jogando a chave em qualquer lugar e tirando meus tênis.

— Sarah? Amor? — a chamo, olhando em volta sem sinal da mesma.

Escuto um barulho alto vindo do quarto em que dormíamos e corro até lá, preocupado.

Abro a porta de uma vez e a partir daí as coisas aconteceram rápido de mais.

Sarah na nossa cama com outro.
Eu enchendo o cara de porrada.
A ruiva chorando aos meus pés, pedindo perdão, implorando que eu a escutasse.
Lágrimas descendo pelo meu rosto.
Eu virando as costas e saindo o mais rápido possível dali, com cada centímetro do meu coração dilacerado.

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