69

16.4K 1.1K 53
                                    

apartamento do André

| taína gonçalves fernandes |

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

| taína gonçalves fernandes |

Assim que estacionamos no condomínio de André eu fiquei boquiaberta.

Na verdade não consegui me acostumar com a grandeza de São Paulo desde de que saímos do aeroporto.
Tudo era grande. Tudo era diferente.

Era loucura mas depois de passar a vida toda em um lugar onde você sabe exatamente aonde ir sempre, estar em lugar cheio becos, prédios e ruas desconhecidas era mais empolgante do que eu achei que seria.

André entrou pelo portão eletrônico do condomínio dirigindo até o prédio dele, que não ficava tão longe da entrada.

— Ali é a piscina, salão de jogos, e salão de festas — ele indicou — Lá atrás tem quadra de fut, basquete e beach tenis — me mostrou enquanto eu olhava pra trás, tentando enxergar.

— Academia tem uma em cada bloco, vou fazer teu cadastro na do nosso — continuou e eu assenti com a cabeça.

Peguei as malas de mão e André às três de rodinha, ri do esforço do loiro em tentar levá-las.

— Deixa eu pegar uma, Dé — peço e ele nega com a cabeça.

— Eu aguento, morena — respondeu fazendo força para segurar a terceira.

Entramos no elevador com nossas coisas e logo estávamos no andar de André.
Pelo que eu percebi, eram apenas dois apartamentos por andar.

— Nossa vizinha de porta é a Tia Dulce, ela é uma senhora, mora sozinha. Tem uma confeitaria no Iguatemi, mas também vende pro pessoal do condomínio — ele explica e eu assinto, já prevendo os quilinhos que eu planejava ganhar com uma vizinha confeiteira.

Ele abriu a porta do apê pela fechadura digital e aproveitou pra me ensinar como funcionava.
— Tenta você agora — mandou e eu coloquei a senha como ele explicou. A porta se abriu e ele sorriu pra mim, orgulhoso.

Quando entramos no apartamento voltei a ficar boquiaberto.
Era enorme. Lindo. Amplo.
A cara do André.

— Eaí, morena. Gostou? — ele perguntou jogando meu cabelo trás e fazendo carinho no meu pescoço, enquanto me abraçava por trás.

Sorri sem acreditar, claro que tinha gostado.

— É foda pra caralho — respondi e ele sorriu, aliviado. Antes de beijar minha bochecha carinhosamente.

— Fico feliz que você gostou. Vem, vou te mostrar a casa — me puxou rumo a dentro do apartamento.

Era amplo, tinha uma cozinha americana, sala, dois banheiros, um escritório e o quarto de André. E acho que agora meu também.

— Tem um guarda roupa vazio — ele indicou abrindo uma das portas, eu arquei uma das sobrancelhas.

— Por que tá vazio? — perguntei e ele sorriu de canto.

— Eram onde ficavam as coisas da Sarah — ele responde e eu assinto. Sem deixar que ele perceba meu incômodo — Quando ela me traiu joguei tudo pela janela — ele disse e eu arregalei os olhos.

— Você tá brincando, né? — perguntei e ele gargalhou.

— Claro que não. Fica esperta você pra ver se eu jogo as suas também — ele continua chegando mais perto de mim, puxando meu cabelo da nuca. Rio alto dando um tapa fraco no seu braço.

— Hahahaha. Se você fizer uma coisa dessas aproveito e jogo você daqui também — respondo e é a vez dele de sorrir.

— Por isso que eu te amo — ele diz, sorrindo com a boca no meu pescoço.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora