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| taína gonçalves fernandes |

Quando chegamos em Uberaba o sol já tinha se posto, descemos do carro estacionando no hotel que May tinha achado pra ficarmos esses dias.

Eu estava com zero fome por que André tinha parado em uma conveniência no caminho e comprado uma sacola cheia de chocolates e salgadinhos.

— E o resto da galera que vai pro camarote? — perguntei pra Mayara sentindo as mãos de André no meu ombro, carregando nossas mochilas.

— Vão ficar em outros lugares mesmo, aqui só fica a gente —  ela explicou e eu assenti.

Os quartos eram vários chalés charmosos demais, tinha piscina coberta e descoberta e um lago para andar de Jet Ski.

— E os Jets? — André perguntou pra Júnior.

— Trouxe no meu carro — ele respondeu e eu os olhei.

— Já andou? — André me perguntou sorrindo e eu neguei com a cabeça — Vamos já já, vai por um bikini — ele disse dando um tapinha na minha cintura.

Sorri animada indo em direção ao chalé que ficaríamos.
Era mega aconchegante. Dei uma organizada básica nas coisas e fui até o banheiro colocar um bikini.

Quando saí André já estava no quarto, ele usava apenas uma bermuda de banho azul escuro. A pele clara meio avermelhada pelo sol, quando saí do banheiro seus olhos azuis me fitaram.

Eu usava apenas meu bikini branco cortininha, ele sorriu ao me ver.
Ele gesticulou para que eu fosse até ele e eu sorri inocente.

Senti suas mãos caminhando da minha cintura até minha nuca nun gesto só, juntando nossas bocas.

A boca avermelhada de André sorriu quando ele olhou nos meus olhos.
— Gostosa — ele sussurra deixando um tapa estralado da minha bunda, me fazendo soltar um gritinho.

— Porra, André — digo olhando para o espelho imediatamente e vendo que já estava vermelho — Vai ficar a marca — continuo enquanto procurava algum shorts de piscina na minha mochila de viagem.

— Deixa ficar, pra todo mundo saber que tem alguém que bate — ele diz se jogando na cama e fazendo revirar os olhos. Esse garoto é foda — Tenho um presente pra você — ele diz me deixando curiosa.

— O que? — pergunto terminando de vestir uma saída de praia que cobria o estrago que o loiro tinha feito na minha bunda.

— Domingo eu te entrego — ele respondeu.

— Só domingo? — pergunto com a voz mais baixa, a que eu fazia quando queria alguma coisa dele, enquanto me aproximava do seu corpo jogado encima da cama.

Ele me olhou com os olhos vidrados me puxando num movimento só pra cima dele, com as mãos na minha cintura.

— Você já tá né? Daqui a pouco deixo o outro lado da sua bunda vermelho e não quero você reclamando — a voz dele sai rouca, uma das mãos estava na minha bochecha para que eu o olhasse e a outra apertava forte minha cintura.

Antes que eu pudesse fazer mais uma gracinha para continuar nosso jogo ouvimos batidas na porta.

— André, vem me ajudar a tirar os Jets da RAM — era o Júnior.

André se joga novamente na cama revirando os olhos.

— Já vou — ele diz, me dando um beijo demorado e se levantando em seguida.

———

| andré magalhães lacerda |

Eu e Júnior olhávamos as meninas se divertirem nos Jets.

— Mayara ta feliz pra caralho depois que se aproximou das meninas. Acho que ela sentia falta de ter amigas — Júnior disse dando um gole na sua corona.

Só concordei com a cabeça, distraído em responder mensagens dos meus sócios pelo celular.

— Já resolveu sua vida, André? — ele pergunta.

— Sempre teve resolvida, Júnior. Tenho que voltar pra São Paulo — respondi, contragosto.

— Não achei que você fosse durar um mês longe da cidade — ele diz e eu rio — Agora nem te imagino voltando —

— Vai sentir minha falta irmãozinho? —

— Cala a boca pirralho, até que você é prestativo. Quer um emprego? — ele me pergunta e eu o olho.

— Não dá pra jogar tudo pro alto — repondo e encaro Taína novamente. Ela se divertia nadando com a Mayara no rio na nossa frente. Parecia uma sereia.

— E ela? — Júnior me perguntou.

— Não dá pra ser. Ela tem uma vida aqui, eu tenho uma lá — Respondi.

— Mas você sente algo né? Porra. Veio aqui pra curtir e grudou na menina —

— Não dá pra não sentir, a gente convive pra caralho. — explico — Mas sei lá Júnior, nunca tinha conhecido ninguém assim. Não posso ter nada sério com ela mas o que eu puder fazer pra ajudar a Tainá eu vou fazer, quero que ela cresça e conquiste tudo que ela merece — expliquei, sendo sincero.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora