| andré magalhães lacerda |
A semana passou rápido pra caralho. Trabalhei mais que todos os sócios da agência pra compensar que não estava em São Paulo, mas sabia que não ia conseguir enrolar esses por muito mais tempo. Logo menos iam ter as reuniões de alinhamento e iam exigir minha presença.
Cocei a barba pensando em como ia ser minha vida quando eu voltasse pra. Ia ser a porra toda igual, mas eu não me sentia mais o mesmo.
— André, quem vai no seu carro? — Mayara me perguntou quando eu jogava algumas coisas no banco de trás do meu carro. Minha cunhada devia largar a estética e cuidar de logística de evento, porra. Organizava tudo.
— Só a Tainá. Lucas disse que vai só amanhã, não sei o que ele quer esperando aqui — respondi trancando o carro e ela assentiu.
Hoje era sexta e tínhamos uma reserva pra um hotel fazenda em Uberaba até domingo.
O show seria amanhã a noite, e no domingo eu tinha programado uma parada minha com a Taína. Fé que a marrenta ia gostar.Entrei no carro seguindo para a casa de Taína.
Quando estacionei, não precisei buzinar muito para ela sair de casa usando um vestido longo de alça que realçava pra caralho os peitos dela. Ela carregava uma mochila cheia nas costas e as chaves de casa e o celular mãos.Ela entrou no carro com um sorriso radiante no rosto, foi impossível não roubar um beijo da boca dela.
— Tá feliz assim por que, dona Taína? — pergunto e ela sorri mais ainda.
— Ontem eu e Amanda enviamos nossos primeiros pedidos para fora de Minas — ela explica e eu não consigo esconder estar genuinamente feliz por elas duas — Aí, tem tanta gente pedindo, os novos estoques mal chegaram e já quase esgotaram... — ela continua.
Um sentimento de orgulho me enche o peito.
Conhecia Taína pouco mais de um mês mas se tinha uma coisa que eu sabia era que ela era merecedora de cada conquista dela. Trabalhadora pra caralho.— Sem você a gente não teria conseguido. Obrigada, André. De verdade — ela diz meiga, fazendo um carinho gostoso na minha barba.
— Claro que teriam conseguido. Mas teria demorado mais — digo segurando sua mão e deixando um beijo lá — Você merece pra caralho isso, vocês duas — digo e ela sorri pra mim. Eu já conhecia ela o suficiente pra saber que quando ela fazia aquela carinha é por que a marra dela tinha ido pra puta que pariu.
— São quantas horas de viagem? — ela pergunta olhando para as pontas do próprio cabelo.
— Menos de seis — respondo e ela assente.
— Porra, seis horas do seu lado é foda de aguentar — ela brinca. Rio apertando a bochecha dela para fechar sua boca.
— Mentirosa, se pudesse passava a vida comigo —
— Nem nos meus piores pesadelos. Imagina viver com um playboy mimado que nem você? —
— Imagina viver com uma mulher braba dessas? —
— Você ia amar — ela diz e eu balanço a cabeça negativamente sorrindo, enquanto a morena tenta ligar seu celular ao Bluetooth do carro.
— Esse teu pocket conecta no meu carro, será? — morria de vontade de trocar o celular da Tainá, vivia descarregado aquela porra. Ela me dá um tapa em resposta.
— Respeita meu celular, André — ela disse.
— Me deixa trocar, qual é. Te dou um que não seja tão foda, com tanto que não tenha botão —
— Não vai trocar nada não. Dirige aí que é melhor pra você — ela ordena colocando uma playlist de sertanejo e me deixando sem resposta.
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ENFEITIÇADO
Romance|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela beleza de Taína.