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| andré magalhães lacerda |

Taína tava só me provocando de longe. Doida atrás de um problema.

Me sentei em um dos bancos do camarote e um dos meus amigos que estava lá, o Guilherme, veio falar comigo.

— Show tá foda demais — ele diz tragando o ElfBar dele, concordo em resposta, ainda sem tirar os olhos de Tainá — Tão falando que uma tal de Camilla tá lá embaixo atrás você — ele continua e eu rio, negando com a cabeça.

— Só problema — respondo.

— Mina é gata —

— É, mas deixo pra você — respondo e ele sorri.

— E aquela ali, deixa pra mim também? — ele pergunta indicando Tainá, só podia ser brincadeira mesmo. Já tinha visto uns comentários dele em fotos dela mas como ela nunca tinha respondido nenhum fiquei na minha.

— Essa não deixo pra ninguém — respondo, dando um gole no meu whisky.

— Ih Lacerda, apaixonou? — ele pergunta e eu nego com a cabeça — Então deixa pra os amigos, ou pelo menos compartilha —

— A mina nunca quis você, por que tá achando que ela vai querer agora? — digo, sem paciência. Ele me olha feio e com ego ferido.

— Não sei, me diz você. Tá se achando melhor que eu? — Guilherme levanta a voz pra mim e eu rio.

— Pra ela? Sou melhor sim — não dou um passo pra trás e antes que Guilherme pudesse falar algo nossos amigos interferem.

— Que foi gente, pra que isso? — Mayara pergunta quando Júnior e outros amigos levam Guilherme pra longe.

— Esse pau no cu veio tirar a minha paciência — respondo e vejo Tainá na minha frente, oferecendo um gole d'água. Bebo um o pouco da garrafa e agradeço a ela.

Me sento a puxando e a deixando entre as minhas pernas.

— O que foi que rolou que vocês se estranharam? — ela pergunta baixinho e eu nego com a cabeça.

— Foi nada, já passou — respondi com as mãos na cintura dela, aproveitando para baixar um pouco sua saia. Ela sorri pra mim abraçando minha cabeça e fazendo um carinho com as unhas.

Porra, difícil achar ruim.

O cheiro dela era muito bom, ficava perdido demais com a cabeça nos peitos dela.

Dei uma leve mordida pra fazer graça e ela soltou um gritinho, me dando um tapa fraco logo em seguida.

— Lucas e Amanda sumiram — ela diz olhando em volta e não percebendo nenhum dos dois.

— E a gente, some quando? — digo e ela sorri, os olhos cor de mel semicerrados.

— Por que você não pergunta pra Camilla? — ela diz e eu gargalho.

— Caralho você ciumenta é brincadeira de gostosa... — sussurro, era mesmo. Aquela marrinha que ela metia me deixava perdidaço — Não pergunto para ela por que eu quero você — repondo e ela sorri, cedendo o meu beijo.

Toda vez que eu sentia o gosto doce da boca dela era como se fosse a primeira, eu nunca me cansava.
O beijo encaixou demais, e quando senti suas unhas arranhando de leve minha nuca foi impossível não apertar forte sua bunda.
Porra, queria demais comer ela.

— Gostosa — sussurro quando nós afastamos, deixando mais um selinho em sua boca — Vai dormir lá em casa? — pergunto e ela assente.

— Vou, mas não por causa de você, a Mayara que me chamou —

— Não por causa de mim? — pergunto e ela assente risonha — Não? — repito a pergunta, dessa vez com a boca em seu pescoço, sentindo sua pele se arrepiar contra minha boca.

Ela nega de novo, dessa vez mais mole.

— Não é por minha causa, Tainá? — pergunto pela terceira vez, meus lábios no lóbulo quente da orelha dela, ela não negou, apenas sorriu olhando pra mim com aquela carinha de filha da puta que só ela tinha.
Não sabia aonde eu estava me metendo e nem como ia sair disso, mas era bom pra caralho.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora