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| André Magalhães Lacerda |

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| André Magalhães Lacerda |

Era o dia.

Dia de compartilhar meu sobrenome com a mulher que escolhi passar o resto do meus dias.

Pra mim, é claro, era algo simbólico. Desde de coloquei meus olhos na Tainá nunca mais me vi longe dessa mulher. Parecia um feitiço.

Mas selar nossa aliança diante de Deus e da nossa família era importante pra caralho. E colocar meu sobrenome nela, fazer dela uma Lacerda, tinha um significado enorme.

— Nervoso, irmão? — Júnior me pergunta, estávamos no meu quarto de hotel.

— Não. Quando se tem certeza do que quer não tem espaço pra nervosismo — respondo sincero, minha mãe me olhava orgulhosa, enquanto me ajudava a colocar a gravata.

— Estou tão orgulhosa de você, Dé — Dona Amélia diz, penteando meus cabelos, sorrio pra ela, que acariciava minha barba.

— Porra, quero ver minha mulher — digo ansioso pra entrar na igreja.

— Calma, irmão. Já já ela tá com você — Júnior diz, colocando a mão nos meus ombros.

Minutos que pareceram horas depois a cerimonialista chamou e entrei em um carro rumo à igreja.

Os padrinhos, Júnior, Lucas, Amanda e Mayara já tinham entrado e agora eu entraria junto com a minha mãe.

A música começou a tocar e a porta da igreja abriu, vi todos os meus amigos, família e convidados enquanto entrava e sorri. Porra, a felicidade de estar vivendo aquilo não parecia com nada.

Me dirigi até o altar e dei um beijo na testa da minha mãe antes de me posicionar no meu lugar.

O padre me abençoou e quando os sinos da noiva começaram a tocar meu coração bateu mais rápido.
A música tradicional da entrada invadiu a igreja e quando as portas se abriram meu coração que batia rápido demais parou na hora.

Meus olhos se encheram de lágrimas instantaneamente, tinha prometido a mim mesmo não chorar tanto, mas caralho, a Tainá de branco pra mim, minha mulher, minha esposa, diante de todos, a mulher mais linda que eu já vi ia ser minha.

Ela sorriu e eu não conseguia mais prestar atenção em nada, só nela, ela era tudo.

Quando ela chegou até o altar dei um beijo na testa da minha sogra e segurei a mão da Tainá, beijando sua testa também.
Ela limpou as lágrimas do meu rosto devagar, e eu beijei suas mãos. O cheiro dela me deixou tonto, queria ela inteira.

Nos colocamos um na frente do outro diante da igreja e eu e ela só sabíamos sorrir.

O padre começou a acolhida e a liturgia da palavra.
Eu e Tainá nos ajoelhamos diante do altar para entregar nosso compromisso para Deus e então o padre começou o rito sacramental.

— André Magalhães Lacerda e Tainá Goncalves Fernandes, viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: é de livre e espontânea vontade que o fazeis? — ele perguntou e a cerimonialista colocou o microfone primeiro na minha boca.

— Sim — afirmo, olhando nos olhos da Tainá, que sorriu pra mim.

— Sim — ela diz, a voz falhada pela emoção, queria agarrar ela naquela momento nos braços.

— Agora, convido vocês, caros noivos André. e Tainá., a se darem as mãos e firmarem a sagrada aliança do matrimônio, manifestando publicamente o seu consentimento. — o padre diz e seguro as mãos de Tainá quando a música das alianças começa a tocar.

A porta da igreja se abre e Miguel, Bia, segurada por minha prima parte de mãe entravam com as alianças.

Eu e Tainá e a igreja gargalhou, eles eram lindos demais.

Quando chegaram perto do altar fui até eles e peguei as alianças, deixando um beijo na cabeça do Miguel, que sorriu e depois se dirigiu até a lateral, onde sua mãe estava.

O padre benzeu nossas alianças e eu respirei fundo quando a cerimonialista me deu novamente o microfone.

— Eu, André Magalhães Lacerda, te recebo, Tainá Gonçalves Fernandes, por minha esposa e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. — digo, sem conseguir segurar as lágrimas de novo, encaixando a aliança nela e beijando sua mão demoradamente depois. Taí sorriu pra mim, os olhos igualmente cheios de lágrimas.
O amor parecia transbordar.

— Eu, Tainá Gonçalves Fernandes, te recebo, André Magalhães Lacerda, por meu esposo e te prometo ser fiel, Amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. — sua voz doce sai, aquecendo meu coração, enquanto ela colocava a aliança na minha mão.
Sorrio e sussurro um "Eu te amo".

Nos ajoelhamos novamente diante do altar para receber a benção final.
Quando nos levantamos fiquei de frente para Tainá novamente.

— O Deus todo-poderoso vos conceda a sua alegria e vos abençoe em vossos filhos e a únicos de vocês! A união de vocês está selada e abençoada, graças a Deus! — o padre diz e a igreja toda palmas.

Tainá sorria radiante, eu segurei sua nuca devagar e a puxei pra um beijo.
Lágrimas molhavam deixando o gosto salgado.

— Amo você, pra sempre — sussurrei, com a boca contra a dela.

— Pra sempre, Dé — ela assentiu, acariciando minha barba.

Depois que nos separamos o padre nos convidou a assinar nos papéis do casamento no altar. Eu, Tainá e as nossas testemunhas assinaram os documentos e agora ela era Tainá Lacerda.

— Tainá Lacerda, minha esposa — sussurrei enquanto tirávamos fotos no altar, ela sorriu segurando meu pescoço — Você me fez o homem mais feliz do mundo — disse.

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