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| Taína Gonçalves Fernandes |

Uns dias depois da inauguração o tempo parecia voar.

Daqui a alguns dias eu e André viajaríamos pro congresso dele e todos os dias eu tinha uma crise em pensar nas roupas que eu levaria pra Paris.

— Relaxa, minha gata. Você nunca tá mal vestida — o loiro disse, enquanto eu encarava o closet.

— No Brasil talvez não. Mas na Europa? — pergunto ele sorri, segurando minha cintura.

— Você é linda em todos os continentes — ele sussurrou no meu ouvido, me dando um beijo na boca antes de sair pro trabalho.

Nos último mês dei uma revezada em estar na loja física e trabalhar on-line. Acabava que faturávamos muito no e-comerce também, ainda mais com as lives de promoção que eu e Amanda fazíamos de vez em quando.

Depois que Dé foi trabalhar me sentei pra dar uma trabalhada e fui no shopping comprar umas coisas. André foi pra lá almoçar comigo e depois fomos levar a Chanel pra casa do Lucas, já que ela ficaria lá pelos dias que ficaríamos em Paris.

Fui pra casa e me troquei rapidinho pra ir treinar, na academia do condomínio mesmo.

Quando já estava fazendo o cardio pra subir, André entra na academia, vestido só uma bermuda e um tênis de treino, sorri olhando pro loiro.

— Você não tava lá encima, sabia que ia estar aqui — ele disse, subindo na esteira pra me dar um selinho — Fui no banco trocar nossos euros pra viagem — ele diz me fazendo sorrir.

— Nem acredito que a gente vai pra Paris! — digo, toda animada com a ideia.

— Cê tá feliz com sua primeira viagem internacional? — o loiro me pergunta convencido.

— Óbvio, chatinho — respondo dando outro selinho nele.

O telefone dele começou a tocar e ao olhar o visor atendeu e logo saiu da academia. Arqueei uma sobrancelha, que história era essa de sair de perto de mim pra atender telefone?

— Quem era? — pergunto quando ele volta e o loiro fica branco.

— Do trabalho, linda — responde, guardando o celular e indo pra estação de supino.

Minha sobrancelha permanece arqueada, mas não digo mais nada, se tinha b.o eu ia descobrir.

Depois que faço meus trinta minutinhos de cardio desço da esteira e pego minhas coisas.

— Me espera aqui, já tô acabando — o loiro pede.

— Não, vou subindo pra adiantar o jantar — respondo, porque se eu ficasse lá sabia que não ia aguentar minha língua dentro da boca e ia dar uma de ciumenta.

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