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| taína gonçalves fernandes |

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— Me dá meu celular, Taína — Amanda diz tirando seu celular da minha mão — Se queria ver as coisas do menino não devia ter tirado ele do seu insta — ela me repreende.

Não consegui formular uma resposta pela grande quantidade de álcool no meu sangue, então só resmunguei, virando outro copo de gin com Baly.

— Te falei que ele tava bem pra caralho — falei pra minha prima que revirou os olhos.

— Porra você bêbada é foda — ela disse me segurando depois que eu tropeço nos meus próprios pés — Vamo embora, né? — ela disse e eu nego.

— Pô, você me arrastou e quer ir embora? — digo um pouco enrolada, me esforçando pra parecer sóbria. Grito quando uma música que eu gosto muito começa a tocar, enchendo mais ainda meu copo.

SEXTOU COM S DE SAUDADESSSS, CHEIO DE BALADA NA CIDADE — canto abraçada em Amanda, que sorria, se esforçando pra me acompanhar — MAS NENHUMA DELAS TEM O SHOW QUE CÊ DAVA NA CAMA, NENHUM DJ TOCA SUA VOZ FALANDO QUE ME AMA... — continuo e Amanda gargalha.

— Eita, Taína. Segura aí que vou pegar uma água pra você — ela disse me sentando em uma das cadeiras e se levantando.

Ri com a situação. Eu, Tainá Gonçalves, que prometi não entregar meu coração pra homem nenhum, tomando um porre por causa de um cara que me tratou como se eu fosse só um casinho. A vida tem dessas.

Meu celular tocou e no visor estava um número que eu não conhecia.
— Oxe... — digo ao atender a ligação e meu ouvido doer pelo alto volume de música do outro lado, só podia ser engano.

— Taína? — Meu coração gelou. Ai meu Deus, será que era alucinação do gin?

— André? — minha voz sai enrolanda — Que número é esse? — perguntei.

— Tainá, olha essa música — ele diz, ignorando minha pergunta — TRAZ DE VOLTAAAAA, A MULHER AMADA. ESCOLHIDA A DEDO, A MAIS COBIÇADA — ele canta, gritando, me fazendo rir.

— Você tá onde, André? — perguntei.

— Tô bêbado. Não queria ter ido embora Taína — ele diz, se enrolando pra falar. — Tainá, você ficou com alguém? — ele pergunta e eu rio.

— Não, não fiquei — respondi — E você? Cadê sua namorada? —

— Não fiquei. Não tenho namorada. Eu queria você. Só você, filha da puta — ele responde, me arrancando uma risada — Que risada gostosa da porra. Tô com saudades, me desbloqueia da sua vida por favor —

— André, não queria que você tivesse ido...Eu me apaixonei por você — falei e meu coração gelou, fiquei nervosa esperando sua resposta.
Mas ela não veio, a ligação caiu e eu olhei pro meu celular, que havia desligado.
Porra de iphone!

Meus olhos encheram de lágrimas e eu só comecei a chorar. De frustração.
Eu finalmente tinha conseguido falar sobre meus sentimentos e não pude nem receber uma reposta, por que ele estava longe, por que eu mandei ele pra longe.

— Meu Deus, prima! Para de chorar — Amanda diz, me abraçando e me forçando a beber um gole de água. Tento explicar mas não consigo, pelos soluços e pela água — Eita galego que fez estrago, viu —

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