ENFEITIÇADO

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| Taína Gonçalves Fernandes |

Aterrissamos no único heliporto da cidade com o avião alugado, visto que não tem aeroporto no interior.

Eu não conseguia parar de sorrir, meu coração já ficava quentinho de pensar que ia reencontrar minha mãe, a Amandinha, a May, Miguelzinho e todo o resto da família.

Chanel veio também, claro! Trouxemos ela numa bag de doguinho que comprei e ela se comportou como a princesa que é durante toda a viagem.

André me ajudou a sair do avião e depois pegou nossas malas junto com o comissário de bordo do voo.

De longe avistamos Júnior, com um sorriso rosto e as chaves da Hilux que André dirigia aqui.

— Meu irmão! — ele disse abraçando meu loiro, que sorria para o mais velho — Até que você faz falta, pirralho — Júnior diz, nos fazendo sorrir.

— E você, cunhada. André ta cuidando de você direito em São Paulo? — me pergunta e eu sorrio olhando pro meu namorado.

— Muito bem! — o loiro sorri pra mim, colocando as mãos na minha cintura.

Levamos tudo pro carro e me acomodei no banco da frente enquanto André dirigia.

— Hoje vai rolar só um churrasco na fazenda para os mais próximos, amanhã mesmo que vai ser a festa. Mayara ta ficando louca e deixando todo mundo louco pra sair tudo do jeito que ela quer — Júnior diz — Sua mãe e a Amanda estão convidadas pra dormir lá hoje também, Taí — continua e eu assinto.

Melhor assim, ia dar pra aproveitar todo mundo.

O planejamento era de ficarmos por uma semana, não podia ser mais que isso por que na próxima semana eu tinha uma reunião de trabalho mega importante com a equipe de produção de peças da Lari. A coleção que lançamos com ela foi o maior sucesso! Esgotou tudo super rápido. Se a nova coleção fosse tão bem quanto a antiga tínhamos chance de abrir uma filial da closet em São Paulo.

André não parou de insistir da ideia de entrar como investidor, então durante a viagem eu ele e Amanda tínhamos que sentar pra conversar sobre essa possibilidade.

Assim que estacionamos na frente na casa da mamãe eu saí do carro num pulo, indo até a porta da frente onde ela já me esperava.

— Amanda, Taí chegou! — minha mãe gritou lá pra dentro — Minha filha, meu amor, você tá linda! — ela diz me abraçando apertado.

— Ô meu amor, senti tanta sua falta — sussurrei com o rosto no cangote da minha mãe.

— E você, meu filho. Tá cuidando da minha menina? — ela se dirige a André, que sorria segurando uma sacola enorme de presentes que compramos em São Paulo para dar pra eles.

— Tô sim, minha sogra. Tainá tem tudo de melhor — o loiro respondeu com um sorriso, enquanto abraçava minha mãe.

Entramos todos os mil brinquedos que trouxemos pro Miguel que já ficou todo animado querendo brincar com tudo.

Quando deu pra matar um pouco da saudade já entramos todos no carro de André rumo a fazenda dos Lacerda para o churrasco pré chá revelação.