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| taína gonçalves fernandes |

Depois daquela mensagem o André não demorou 5 minutos pra chegar.
Ele usava uma camisa preta da tom ford e uma calça jeans da mesma cor, no pescoço uma corrente escapulário de prata muito fina.

O cheiro do Dior que ele usava chegou primeiro que ele, colocando as mãos na minha cintura para beijar minha testa.
Odiava o jeito eu parecia uma menina na presença dele.

— Boa noite, meninas — ele diz com a voz meio rouca — Mayara e Júnior pegaram um camarote, vamos — ele diz para mim e Amanda me puxando pela mãos.

— Até queria, mas vou ter que ir indo. Marcello chegou — Amanda diz e eu a olho, ela ia me deixar sozinha nessa?! — Beijo gente, cuida bem da minha prima André! — ela diz me dando um beijo na testa e saindo com pressa. Esses dois não tem jeito.

— Cê chegou rápido demais — brinquei enquanto André me conduzia até o camarote.

— Quando eu respondi o teu stories eu já tinha saído de casa — ele disse e rimos juntos — Cê ta linda demais  — ele diz segurando minha cintura para me ajudar a subir as escadas. Reviro os olhos escondendo um sorriso.

— Taí!!! — Mayara diz ao me ver, enquanto segura uma cerveja stella nas mãos.

— Oi May! — digo enquanto ela me puxa pra um abraçado apertado.

— Dé viu que cê tava aqui e arrastou todo mundo — disse revirando os olhos e me fazendo rir — Mas foi até bom, cê tá sumida. —

— Trabalhando demais, tá uma loucura as coisas na loja essa semana — falei e ela concordou.

— Eu imagino, o festival ta deixando todo mundo louco — Júnior foi quem disse, enquanto me cumprimentava pela primeira vez.

— Não tava tão afim de ir, mas depois das atrações, animei na hora! — disse ao mesmo tempo que André me entregou uma taça com Gin e energético. Só ganhava pontos.

Logo May e eu embarcamos numa conversa sobre as roupas que usaríamos no dia e os meninos ficaram de lado. O pagode ao vivo começou e aí sim comecei a dançar.

Sambava no ritmo da música quando sinto as mãos de André na minha cintura.
E eu que nunca danço com homem nenhum, não consegui dizer nãos para aqueles olhos azuis que dançavam em um ritmo que se encaixava perfeitamente ao meu.

Cara na cara, pele na pele, suor pingando corpo em febre.... — canto no ritmo na música quando ele me abraça colocando a mão gelada atrás na minha nuca.
Quando o sinto pressionar mais nossos corpos tive que me aguentar muito para não colar nossas bocas e recuar, dando um sorrindo.

— Marrenta pra caralho — ele sussurra negando com a cabeça e me fazendo sorrir mais ainda — Aí Taína, vou perder o juízo com você... — rio de seu comentário.
— Como tá tua mãe? — pergunta ele, dando um gole na sua cerveja.

— Tá bem melhor, tomando os remédios certinho. A gente tá de olho! Marquei consulta pra ele agora mês que vem — respondo e ele assente com a cabeça.

— Pelo SUS é foda — ele nega frustrado e eu dou de ombros — Se você deixasse eu marcaria no mesmo hospital que levei ela aquele dia, com o mesmo médico —

— Não André, você já muito, de verdade. Você não tem obrigação —

— Eu sei, mas eu quero ajudar, sua mãe sempre cuidou do meu irmão e da casa do meu pai. — ele diz e eu reviro os olhos sorrindo, esse cara não existe — E ela ainda fez você... — sussurrou o loiro ainda com a mão na minha nuca, acariciando com os dedos o meu cabelo de leve.

Rio com vergonha. Eu? Com vergonha? Vermelha?

— Tá vendo como cê não é tão marrenta assim — ele diz fazendo casquinha na minha cintura de leve.

— Mas que papinho hein Lacerda? — digo negando com a cabeça e ele sorri, me puxando pra um abraçado e quase virou um beijo, caso eu não tivesse desviado.
Não ia ceder fácil assim.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora