| andré magalhães lacerda |
Hoje eu voltaria pra São Paulo, e ia levar a Tainá comigo.
Ainda não parecia real, porra.Encarava a morena olhando os preços da prateleira da loja de maquiagem do aeroporto de Belo Horizonte.
— Mano olha o preço disso, dez vezes mais caro que no site — ela diz indicando um produto que eu não fazia ideia nenhuma do que era, então apenas gargalhei.
— Se você quer, leva — disse dando de ombros, fazendo ela negar com a cabeça — Deixa eu te dar de presente, vai — peço, chegando mais perto da morena, que sorri ainda negando
— Presente de que, André? — pergunta ela e eu penso por uns instantes.
— Uma semana de namoro, uai! — dou de ombros e ela gargalha, me fazendo rir também.
Por mais que nossa convivência não tenha mudado na última semana, já que já passamos muito tempo juntos, agora era diferente, agora era oficial, e era bom pra caralho.
Saber que ela era minha, poder dizer aos outros que era minha namorada. Era melhor que qualquer vida de solteiro.
Ela passou a última semana ocupada em treinar a nova funcionária da loja delas e se organizar pra poder trabalhar online, eu ficava feliz demais em saber que ela estava se esforçando também pra fazer dar certo.
Sabia que a pose de marrenta da Tainá era só pose mesmo, e conhecer cada vez mais a menina doce, atenciosa e meiga que ela estava mostrando ser aos poucos só me fazia me apaixonar mais ainda nela. Não podia decepcionar-lá
Ela escolheu umas coisas e eu peguei um perfume novo pra mim, paguei tudo e coloquei a sacola de compras na minha mala de mão.
Enquanto seguíamos até o portão de embarque ela ligou pra mãe pra avisar que estávamos entrando no avião.
Como tivemos que vir do interior pra Belo Horizonte pegar o voo, a despedida havia sido no interior mesmo.
Mayara organizou um churrasco pra gente na fazenda e convidamos a família da Taí. Foi bom demais.Encarei a morena enquanto estávamos prestes a embarcar.
Ela encarava o avião tensa, mordendo os lábios.
Não sabia se ela estava nervosa pela ideia de viajar de avião ou apenas pela ideia de sair de Minas Gerais pela primeira vez. Então apenas a puxei pela nuca, encaixando-a no meu corpo.Ela escondeu a cabeça no meu peito, e eu levei minha mão até o cabelo dela, acariciando.
— Vai dar certo, amor. Prometo pra você — sussurro antes de deixar um beijo na testa dela, que apenas assente, ainda com a cabeça sob meu peito.
———
Quando desembarcamos em São Paulo, após um voo de apenas três horas, me estico segurando a mão de Taína e a guiando rumo ao portão de saída.
— É enorme aqui — ela exclama, o aeroporto era gigantesco mesmo. Ela sorria encantada tentando olhar pra tudo ao mesmo tempo, só queria poder conseguir mostrar pra ela toda as coisas que ela ainda não conhecia.
Avistamos de longe Lucas, que nem me avisou que ia vir me buscar no aeroporto. Mas quando vi as flores que ele segurava sabia que ele queria ver a Taí.
— Taínazinha! — ele grita de longe, sorrindo pra minha namorada.
— São pra mim as flores, amigo? Nem precisava cara — pergunto irônico e ele gargalha, entregando o buquê de girassóis pra Tainá.
— Bem vida a Sampa, Taí — ele diz, enquanto ela agradece sorrindo pra mim — E essa aliança bonitona aí? André foi macho e te deu? — ele pergunta analisando a aliança com um diamante em seu dedos
— Gostou? Agora a mãe está de coleira. Esqueça tudo! — ela respondeu brincando e eu neguei com a cabeça.
— Diz pra ele que eu quase tive que morrer pra você aceitar — provoca a morena, que revira os olhos me dando um tapa em resposta.
— Que morrer, menino! Não fala isso nem brincando — ela responde estressada arrancado gargalhas minha e de Lucas.
— Trouxe teu carro aí — Lucas me avisou jogando a chave do meu Civic.
— Vou sentir falta da caminhonete. Loucura eu comprar uma pra andar em São Paulo? — pergunto pra Taína que sorri, negando com a cabeça.
— Você é maluco! Seu Civic é do ano passado — ela responde e eu dou de ombros, enquanto andamos de mãos dadas rumo ao aeroporto.
— O que cê acha de uma RAM, que nem a do Júnior? Lembro que você gosta... — provoco, a lembrando do que fizemos no carro do Júnior no ano novo. Ela gargalha dando um tapa fraco no meu braço e negando com a cabeça.
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ENFEITIÇADO
Romance|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela beleza de Taína.