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| Taína Gonçalves Fernandes |

Depois que a mãe recebeu alta o André também fez questão de deixar a gente em casa.
Eu estava no banco da frente ao lado dele e minha mãe e Amanda estavam no banco de trás.

— Foi tudo muito rápido, se o Dé não tivesse lá, não quero nem pensar... — minha mãe dizia pra Amanda, do banco de trás.
— Agora tem que se cuidar né, dona Rute? Tomar seus remédios certinho... — o loiro responde, com um sorriso no rosto.
— Pode deixar que agora é big brother nela, vinte quatro horas sendo cuidada — digo e ele me olha, sorrindo.

— Tá certa! É aqui? — ele pergunta quando estaciona em frente a nossa casa e assentimos.
Minha mãe e Amanda agradecem mais uma vez e eu começo a organizar os remédios enquanto elas descem do carro.

— Mais uma vez obrigada, André. Nunca vou conseguir retribuir isso, sério — digo, e ele sorri dando de ombros.
— Que isso Taína, não precisa retribuir nada não. Eu e minha família temos um carinho enorme pela sua mãe, e por você também — ele diz, educado demais — Qualquer coisa, agora cê tem meu numero, pode me ligar — continua ele e eu sorrio concordando.
— Tudo bem, valeu pela carona, dá um cheiro na May — digo e então desço do carro.

Ele espera que eu entre em casa pra pode arrancar com a Evoque azul-marinho dele em direção a casa.

— Porra, como você deu um fora nesse homem? — é a primeira coisa que Amanda diz quando eu entro em casa.
— Olha a boca menina! — minha mãe a repreende, e eu rio.
— Achei que ele fosse diferente, mas eu estava errada. O cara é incrível — digo me jogando no sofá, orgulhosa demais pra admitir que me arrependi.
— Admite, Tainá. Cê tá arrependida de não ter garrado o vaqueiro — Amanda diz rindo de mim, se sentando ao meu lado.
— Eu não! Pra mim continua na mesma, só fico grata pelo que ele fez pela minha mãe. Mas isso não quer dizer que eu tenha que dar pro cara — minto.

Tinha gostado do André bem antes de saber que ele era ele, logo quando nos conhecemos no forró.
Admito ter julgado ele mal, achei que ele fosse algo que claramente não é, e o que ele fez por mim prova isso.

— Vou tomar um banho, amanhã trabalho cedo! — digo, me levantando do sofá.
— Saiu as atrações pro Festival de Capitólio — Amanda diz mexendo no celular, ainda jogada no sofá.
— Quem? — pergunto.
— Simplesmente Henry Freitas e Felipe Amorim! — ela diz e eu fico boquiaberta — Os Lacerda patrocinaram, meu Deus cada que dia que passa eu amo mais essa família —
— Porra, Felipe Amorim? — se a alguns dias atrás eu não estava com vontade, isso mudou rapidinho.
— Mano, tenho que começar a ver roupa agora! Vai que eu conquisto o Henry Freitas né? Nunca se sabe — Amanda diz e eu rio, minha prima era louquinha — Tá rindo de que? Você já tá com a vida ganha, com o André na sua cola... —

— Que na minha cola Amanda? Depois do fora que eu dei nele na loja aquele dia — digo, desejando estar enganada.
— Prima, se você disser bora ele vai, pode ter certeza! Duvido se ele não tá nas tuas solicitações do insta — ela diz e eu lembro de uns dias atrás, quando eu havia ignorado a solicitação do loiro.

Sem paciência e cansada do dia, vou pro meu quarto e me jogo na cama, desbloqueando meu celular e entrando no insta.
É, a solicitação dele ainda estava lá.
Aceito e peço pra seguir, o qual aceita rapidamente, arrancando um sorriso dos meus lábios.

É, se eu disser bora, ele vem.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora