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| André Magalhães Lacerda |

— E a Tainá? Ainda tá enfeitiçado do jeito que cê tava quando vocês saíram daqui? — Meu pai me pergunta, virando a cerveja em sua mão.

— Acho que até mais — respondo sincero, observando a morena de longe. Porra, a mulher nunca ia parar de me hipnotizar.

— Eita, caralho. Então é sério mesmo —

— Pra caralho, pai — respondi — Convivência mais foda do mundo, papo reto —

— E vai ficar nessa de namorido até quando?
— ele diz e eu sorrio.

— Porra, penso nisso direito. — começo e ele me olha surpreso — Sei lá, pai. Já vou fazer 27, quero organizar minha vida. E toda vez que eu penso em construir algo com alguém eu penso na Taí, só fico com receio por que acho ela nova, ela só tem 20. —

— Filho, ela só tem 20 mas sustentou o tamanho da responsabilidade de sair de casa pra ter ido morar com você —

— Loucura pedir ela em casamento? — pergunto e ele gargalha.

— Se eu fosse você já colocava o sobrenome Lacerda nela — meu pai responde e é minha vez de sorrir.

— Vou investir no empreendimento dela — aviso — Quero que ela franqueie, pelo menos uma Sampa em Belo Horizonte —

— Você acha que tem futuro? — Meu pai pergunta.

— Acho, ela e a Amanda são espertas. E mesmo se não, ela merece alguém que invista no sonho dela, irmão —

— Então eu apoio você, meu filho. Gosto da Taína. Pra mim você escolheu certo — ele responde e eu sorrio, apertando a mão do mais velho.

———

Curtia a piscina de casa com a minha gatinha enquanto a galera conversava.

Puxei a morena pra dentro das minhas coxas e afastei o cabelo molhado do seu rosto.

— Fechei parceria com uma influencer mega famosa pra parceira com a loja — ela diz, toda animada, me fazendo sorrir orgulhoso.

— A melhor influencer é você, gatinha — sussurro com as mãos na cintura modelada dela, que parecia se encaixar perfeitamente em mim — A mais linda, a mais gostosa... — sussurro baixo em seu ouvido, que se arrepia ao meu toque.

— Assanhado — responde não cedendo completamente, preocupada em tentar esconder sua respiração ofegante.

— Qual foi, marrentinha? — sussurro de novo, beijando demoradamente a boca vermelha da morena, só por que gosto que ela tinha era bom demais, e melhor ainda saber que eu podia provar quando quisesse.

———

Acordamos na manhã seguinte cansados do dia anterior na piscina. Os dias pareciam passar mais rápido aqui no interior.

Acordei primeiro que Tainá e vesti uma bermuda, descendo as escadas de casa.

— Porra, que caos — era decorador, balão, estrutura, gente pra todo lado.
Mayara estava de pijama ainda, mas dando ordem nos funcionários que organizavam a festa.

— Bom dia, cunhado! Júnior foi lá em cima se arrumar pra vocês buscaram a sogra no heliporto — ela diz e eu assinto.

— Beleza, vou só tomar um café e levar o da Taí pra gente sair — respondo pra ela, que concorda.

Vou em direção a cozinha e encho uma caneca de café preto, virando a mesma em seguida.
Pra Tainá preparo um misto quente e um café com leite e açúcar.

Levo pra ela que a essa altura já estava acordada, mexendo no MacBook que eu havia comprado pra ela como presente pela loja ter chegado a 300 mil seguidores.

— Ô meu amor — diz ao me ver colocar o café na cabeceira.

— Bom dia, minha vida — digo antes de ela me puxar pra um selinho.

— Bom dia, amor —

— Vou tomar um banho pra ir buscar a mãe com o Júnior, daqui a pouco to ai — digo e ela assente, dando um gole no café.

— Beleza, vida. Vão com cuidado — alerta e eu pisco em resposta, deixando um beijo na testa dela antes de entrar no banheiro.

ENFEITIÇADO Onde histórias criam vida. Descubra agora