| Taína Gonçalves Fernandes |
No dia seguinte acordei ainda sem roupa, aninhada nos braços de André. Sorri com as lembranças da madrugada, da hora que subimos pro quarto.
Peguei meu celular do carregador e vi que passava das dez da manhã. Coloquei uma camisa de André e fui pro banheiro começar a me arrumar.
Abri a mala e tirei de lá um conjunto de praia e uma toalha, ligando o chuveiro pra a água ir esquentando.
— Bom dia, meu amor — André diz entrando no banheiro, dando um beijo no meu ombro. Ele usava apenas uma boxer branca.
— Bom dia, lindo — respondi sorrindo.
Tomamos um banho juntinhos e depois coloquei minha roupa de praia.
Fiz uma maquiagem leve e dei uma secada no cabelo.
Descemos as escadas e minha mãe, minha sogra e meu sogro, Amanda e Miguel já estavam na cozinha tomando café, o qual era basicamente bolo e salgadinho de festa.
— Vou com o Júnior no mercado comprar umas coisas pra os dias que vamos ficar aqui — Dé diz, tomando um gole de café preto no copo de vidro.
— Fiz uma lista, filho. Vê aí aí com seu irmão — Amélia diz entregando um papelzinho pra ele — Filha, eu e sua mãe fizemos um pratinho pra você e Mayara comerem, vem — diz pra mim agora, ma fazendo sorrir e ir sentar ao ladinho dela.
Os meninos colocaram uma camisa e foram pro supermercado fazer compras e eu e as meninas organizamos as coisas para levarmos para praia. Ao que parece, depois do almoço também ia rolar um passeio de lancha e só chegaríamos aqui a tempo de nos arrumar pro luau, então queríamos deixar tudo arrumado logo.
———
O sol estava quente demais, quando chegamos já fui tirando minha saia e André se ofereceu pra passar protetor nas minhas costas.
Ficamos abraçadinhos na espreguiçadora enquanto tomávamos uma cerveja, ouvíamos ou pagodinho e conversávamos com o pessoal.
— E quando que a gente vai visitar vocês em São Paulo, hein filho? — o pai de André pergunta no meio da conversa.
— A hora que vocês quiserem, uai. Só digam antes pra gente organizar o apartamento — Dé responde, virando a long neck.
— Tá na hora de vocês comprarem uma casa maiorzinha né? Aquele apartamento era de quando você era solteiro, filho. Tenho certeza que a Taí quer mais espaço — Meu sogro volta a dizer. Eu apenas sorrio, olhando pra ver o que André responderia.
— Trabalho pra isso, né? Comprar uma casa no Alphaville pra gente viver bem. Pra ter um quartinho pra Biazinha... — ele responde, e eu sorrio boba com a ideia.
— E o de vocês, quando vem? — minha sogra perguntou, e eu fico vermelha instantaneamente, enquanto eu pensava em algo pra responder minha mãe foi mais rápida.
— Quando ele pedir ela em casamento né! Um passo de cada vez — minha mãe diz, e eu pareço ficar mais vermelha ainda. André olha pra mim sorrindo e eu dou um longo gole na minha cerveja.
— É gente, um passo de cada vez! — afirmo, fazendo eles rirem.
Depois os meninos ensinaram o Miguel a andar de quadriciclo e eu e as meninas ficamos tentando pegar uma corzinha.
Na hora do almoço, pedimos no restaurante do bar em que estávamos um peixinho de praia com carangueijo e lagosta e depois seguimos para a lancha.
Lucas e Amanda pareciam estar se entendendo até demais nessa viagem. Sempre que se viam era isso, só me preocupava com como eles lidariam caso as coisas ficassem mais sérias.
— Cê acha que eles tem futuro? — pergunto baixinho, apenas para que André possa ouvir, enquanto olhávamos Lucas e Amanda conversando juntos na borda da lancha.
André nega com a cabeça me olhando.
— Lucas gosta dessa vida de maluco que ele leva. — André diz.
— Mas você também gostava antes... — respondo e ele sorri, me puxando pra perto.
— Mas eu sempre soube que não era pra mim. Sou um homem de família —
— Pode ser que ele mude, ué — digo e André pensa por instantes, dando de ombros.
— Eles combinam — André diz, parecendo achar graça.
———
Algumas horas depois chegamos na casa de praia cansados, mas não o suficiente para parar o dia por aí.
Eu e as meninas nos juntamos para nos arrumar pro luau, como fazíamos no velhos tempos.
Escolhi um vestido branco simples, mas que simplesmente deixava meu corpo perfeito!Fiz uma maquiagem um pouco mais carregada, mas deixei a pele com um glow e depois me perfumei.
Desci as escadas e vi André me encarando parado, sentando em uma das bancadas da cozinha.
— Porra... — ele diz, um sorriso malicioso nos lábios enquanto eu ia até ele — Quantos eu vou ter que matar hoje por causa desse seu vestidinho? — ele diz, encaixando a mão na minha cintura.
— Gostou? — pergunto com um sorriso travesso nos lábios. Ele concorda com a cabeça me puxando pra um beijo.
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ENFEITIÇADO
Romance|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela beleza de Taína.