ENFEITIÇADO

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| andré magalhães lacerda |

Depois que saí do quarto com Tainá pra voltar pro after foi impossível pensar em outra coisa se não na diaba da Tainá.

Porra. Virgem.
Ela era virgem.

Cocei a barba, ainda chocado com a revelação.

Não queria que ela pensasse que eu ficava com ela, ou fazia coisas por ela só por sexo. Eu realmente achava a Tainá foda. Era fácil passar um tempo com ela.

Mirei ela de longe dançando até o chão com as amigas com uma longneck nas mãos. Gata pra caralho.

Não sei que porra eu tava fazendo da minha vida nessa lance com a Tainá, mas sei que tava uma delícia.
Com sexo ou não, ela me deixava com tesão pra caralho.

Se ela quisesse e se sentisse confortável pra me dar no tempo que eu estivesse aqui, ótimo. Mas se não eu não tinha pressa nenhuma pra tirar algo importante assim pra ela. Mas porra, só pensar nisso já me deixava de pau duro.

— Tá no mundo da lua, porra — Lucas disse, deixando um tapa na minha nuca.

— Eu tô é fodido — digo olhando para Taína, ele percebe pra onde eu olhava e entende.

— Caralho ela é foda mesmo, gente boa demais e gata — ele diz e eu assinto, o problema era grande mesmo — Bota moral que eu gostei mais dela em 24 horas do que da água de salsicha da sua ex nos três meses que ces ficaram? —  ele diz e eu rio assentindo.

— Boto fé sim — concordo. Depois que eu terminei e fiquei longe da Sarah consegui enxergar que o lance era muito mais comodismo do que amor. A merda que ela fez só serviu pra adiantar o inevitável.

— E pra São Paulo, volta quando? — ele pergunta e eu dou de ombros.

— Nem sei mano — cocei os olhos.

— É bom ir sabendo, sua mãe perguntou de você — ele disse.

— Eu tô ligado —

— Mas agora eu sei um pouco do motivo de você não querer sair daqui — ele diz olhando pra Tainá novamente e eu rio negando com a cabeça — Ih irmão, apaixonou? —

— Não sei se acredito em mulher mais não. Mas tô curtindo a Tainá, eu sei e ela também sabe que eu vou voltar pra São Paulo alguma hora e isso é fato, mas até eu não voltar, vou curtir e quero curtir com ela — fui sincero e ele pareceu acreditar — E a Amandinha? — pergunto e ri bobo.

— Porra, ela me deu uma canseira legal — ele diz e eu rio — E é linda. O menorzinho dela é lindo demais, já passei a visão que vou comprar um carrinho pro moleque — Ri sem acreditar que no que Lucas tava falando. Ficou com a menina uma vez e quer comprar brinquedo pro filho dela. Não sei quem é pior.

— Você é maluco porra — gargalhei com minha cerveja em mãos.

— Tá maluco, as mulheres daqui tem alguma coisa, só pode — ele disse e eu concordei olhando como Tainá descia até o chão ao som de algum funk de Belo Horizonte.

— Só pode mesmo —

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| taína gonçalves fernandes |