| andré magalhães lacerda |
Tainá me convida pra entrar em casa e liga as coisas.
— Cadê tua mãe? — pergunto deixando a sacola de mercado que fizemos em cima da bancada da cozinha dela.
— Foi passar o final de semana na casa das irmãs — ela explica quando vai pro próprio quarto ligando o controle do ar.
— Tô com fome pra porra — digo e ela sorri.
— Quer um strogonoff? — pergunta ela e é a minha vez de sorrir.
Ajudo ela a cortar os temperos mas não entendo porra nenhuma de cozinho, então só agilizo a louça e observo a mulher gostosa que a Tainá é.
Trinta minutos depois a comida tá pronta e um suco de maracujá também.
Ajudo ela, ou pelo menos tento, a organizar a mesa pra comermos e então nos sentamos.— Prestou? — ela pergunta.
— Até que dá pro gasto — falei e recebi um tapa de pano prato em resposta, gargalhando — Tá bom pra caralho, marrenta. Que nem tudo que cê faz — digo roubando um selinho dela que tenta esconder o sorriso bobo. Era incontrolável não ficar balançado quando ela deixava aquela pose cair e ficava bobinha pra mim.
— O cara do dentran que te mandei mandou mensagem. Até o final do ano cê ta com sua carteira — disse pra ela e vi seus olhos brilharem.
— Mentira? — ela pergunta animada e eu assinto — Porra, Lacerda! — ela diz feliz, me abraçando forte.
— E o carro? Já sabe qual vai querer? —
— Não faço ideia, entendo zero de carro —
— Pra você uma HB20 combina muito, ou um civic, tenho um em Sampa — digo
— Porra mas aí só se eu desse meus órgãos de entrada, né? — ela diz e uma ideia acende na minha cabeça.
— Eu tenho consórcio uai, financio pra você. Um dia você termina de pagar — digo simples e ela arregala os olhos.
— Você tá muito maluco isso sim — ela responde retirando os pratos da mesa e colocando na pia.
— Uai, por que? — não via problema nenhum mesmo nisso.
A Tainá além de ser ficante era amiga da minha família, e uma menina muito bem criada. Eu sabia que podia confiar.
— Não vou deixar você financiar um carro pra mim, André — ela diz ficando a minha frente, coloco minhas mãos em sua cintura.
— Tainá, tô querendo só te ajudar —
— Eu sei, já ajudou! Serio mesmo, só de ter agilizado minha carteira... — ela responde manhosa e eu brinco com o tecido de seu short jeans.
— Isso não faz falta mesmo pra mim, se eu tô dizendo que eu posso é por que eu posso. Para de ser orgulhosa e aceita — ela pensa por alguns instantes — Promete pra mim que vai pensar pelo menos — digo e ela assente, sem mais.
Depois de lavarmos nossos pratos ela me chama pra deitarmos no quarto dela, nunca tinha entrado lá.
Tinha o cheiro dela em tudo, era inebriante.
O quarto já estava geladinho mas eu sou calourento pra caralho e tirei a camisa.
Ela colocou algo na Netflix, provavelmente a segunda temporada de Round 6.Não deu muito tempo de prestar atenção na série pela quantidade de sono que eu tava, mais de 24h sem dormir nessa porra.
Passei as mãos pela cintura de Tainá aconchegando ela em mim e peguei no sono minutos depois.
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ENFEITIÇADO
Romance|16+| André decide ir para fazenda do pai na esperança de esvaziar a cabeça dos problemas da cidade, só não imagina que iria sair enfeitiçado pela beleza de Taína.