(Essa história contém palavrões, atos agressivos, gatilho, duplo sentido, e possivelmente comportamentos sexuais.)
Sonic, um garoto de 15 anos se muda para um novo colégio interno, que lá o mesmo terá grandes aventuras.
Em seu primeiro dia, Sonic já...
Me aproximei e me sentei ao lado dele na cama. Tirei as mãos do meu pai de seu próprio rosto de uma forma agressiva e rápida, abraçando ele, forte. Ele continuou chorando, dessa vez em meu ombro. O choro dele era tão alto e machucado que, por pouco, ele não gritava. Ele apertava meu corpo forte, e continuou assim por bastante tempo, mas eu não me cansei. Eu praticamente precisava de um abraço dele, vários abraços que ele deixou de me dar sua vida toda, até agora. E eu tô começando a entender por quê ele sempre 'recusou um abraço meu'.
Ele chegava até a soluçar... Enterrei minhas mãos em seus próprios espinhos e comecei a acariciar, tentando o acalmar de alguma forma porque, se continuar, eu também choro. Eu não estou exagerando. Pude sentir as lágrimas mornas dele molharem o meu ombro, suas mãos apertando meu corpo mais ainda, sua respiração falhando, seu choro aumentando, consegui também sentir seu corpo tremer ligeiramente encostado ao meu, até uma lágrima também escorrer por minhas bochechas.
Eu estava na beira de gritar e chorar junto com ele, mas eu me segurei. Passei o tempo inteiro pensando que eu sempre seria o necessitado de ajuda, e não o ajudante. E assim foi. Ele continuou chorando por um longo tempo, até se acalmar mais. No mesmo instante, me afastei e tentei olhar em seus olhos, mas ainda estavam fechados. Suspirei.
Shadow: Escuta... — Eu, na verdade, nem sabia o quê dizer... Só decidi não pensar muito — Ela não te merece, entende..? E isso não falo nem por agora... Por conta daquelas mensagens... E sim por tudo que ela fez e andou fazendo...
Olhei ao redor e vi o celular da minha mãe em cima da cama, ligado, aberto naquela mesma conversar com aquela "Lu". Peguei-o rapidamente e aparentemente era a continuação daquilo que vi um pouco mais cedo, então continuei a ler:
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O resto era risadas e mais risadas... Tinha até alguns áudios que minha mãe gravou, mas meu tempo é muito precioso pra isso. Senti um aperto enorme no coração quando li aquilo tudo e depois depois pro meu pai, que ainda fazia algumas caretas enquanto chorava. Seu choro já mais calmo e baixo, mas ainda não havia acabado. Fiquei um tempo em silêncio, tentando ter certeza do que falaria. Eu estava nervoso demais, eu já tava vendo a hora que eu iria falar alguma merda sem perceber.
Shadow: Tá tudo bem. Na verdade, não tá não. Tá tudo uma merda. Mas... Você precisa se acalmar um pouco agora, e eu posso garantir que, se conseguirmos lidar com tudo isso juntos, vai ficar tudo bem, sim.
Ele passou suas mãos pelos seus olhos, limpando algumas lágrimas que queriam escorrer.
Shadow: Eu... Vou estar do seu lado. E você pode contar comigo, também. — Aquilo estava sendo extremamente difícil pra mim dizer, mas, tava saindo — Eu imagino que não vai ser nada fácil você aturar isso... Porém, você tem meu apoio, e você não precisa dela. Você merece mais. Muito mais...
Agora ele me olhou. Seus olhos estavam até vermelhos, e seu nariz ainda fungava.
Shadow: Agora... o que ela falou pra você quando eu sai?
