04 ▪︎ Proposta

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P.O.V Percy Jackson:

Cheguei na lanchonete que Annabeth trabalha 5 minutos antes do combinado, estava nervoso pelo que iria fazer e eu nem sabia o porquê do nervosismo, eu já cheguei em outras mulheres para fazer coisas muito piores do que as que vou fazer agora.

Não entendo porque perto dela eu me sinto um adolescente, sem falar das vergonhas, eu quase caí porque estava andando de costas pela rua, motivo: não queria parar de olhá-la.

Eu não entrei na lanchonete, fiquei do lado de fora porque queria saber se ela sairia no horário certo e iria embora sem eu ter chego.

Quando deu 18:00 em ponto, ela saiu e pareceu surpresa em me ver.

-Percy! Pensei que não viria! - Dei um sorriso de lado.

-Mantenho minhas promessas, assim como você mantém as suas. - Ela franziu o cenho e eu sorri. - Disse que não esperaria por mim, e não esperou.

-Eu não espero as pessoas, a vida é muito curta para perder tempo. - Ela deu de ombros. - Me responde, Perseu, isso aqui é uma perda de tempo?
-Só se nada sair como eu planejei.

-E o que você planejou? - Ela parecia curiosa e seus olhos brilharam pela curiosidade.

-Que tal darmos uma volta? Está com fome? - Ela fez uma careta, e eu levei aquilo com um sim. - Restaurante ou prefere comer na praça?

-Isso não é um encontro! - Ela falou com as bochechas coradas. Fofa. Seus olhos demonstravam completa desconfiança.

-Eu nunca falei que era. - Dei de ombros tentando não demonstrar o quão ofendido eu estava.

Qual o problema de sair comigo em um encontro?

-Ótimo. - Ela murmurou nem um pouco abalada. - Me surpreenda. - Ela levantou as sobrancelhas me desafiando e eu sorri.

-Então vamos. - Fiz menção para que ela me acompanhasse, mas sem tocar nela. - Então Anna, a quanto tempo trabalha nessa lanchonete?

-Desde os meus 16 anos. - Ela deu de ombros e seus olhos focaram na rua à nossa frente. - Meu pai ficou doente e eu tive que ajudar a pagar os tratamentos dele, e ajudar em casa com os meus irmãos. - Assenti devagar, ela limpou a garganta e me encarou, os olhos cinzas brilhando, provavelmente pelas lágrimas que ela estava segurando. - E você?

-Ahn.. trabalho em uma empresa. - Ela assentiu.

-Parece ser bem importante. - Sorri por causa da careta que ela fez. - O que um empresário iria querer comigo? - Ela perguntou mais para si mesma do que para mim.

-É mais como uma proposta. - Eu a respondi, pude ver seus olhos cinzas me encararem confusos e com um brilho de ansiedade.

Eu não queria falar sobre isso enquanto caminhávamos, parecia terrivelmente errado. Me arrependi amargamente por não ter vindo de carro, mas pensei que se tivesse vindo ela nunca entraria em carro comigo porque eu ainda sou um estranho aos olhos dela.

-E qual seria a proposta? - Ela perguntou quando eu não acrescentei mais nada.

-Eu não quero falar assim... como se fosse nada, porque é importante! - Ela me analisou e eu senti como se ela pudesse ver minha alma com aquelea olhos cinzas.

Quando chegamos na praça que tinha uns dois ou três quarteirões depois da lanchonete, ela me olhou surpresa.

-Pelo visto, te surpreendi. - Murmurei e ela riu.

Love For Contract - Percabeth ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora