16 ▪︎ Cabeção

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P.O.V Percy Jackson:

Acordei sentindo algo levemente pesado em cima de mim e com um monte de cabelo no meu rosto, estava praticamente afogado em fios loiros com cheiro de shampoo de limão. Lembrei que Annabeth tinha aparecido do nada no meu quarto noite passada e pediu pra dormir comigo. Parecia perturbada. Ajeitei o cabelo dela e fiz um pouco de cafuné, não estava com a menor vontade de levantar e poderia ficar o dia todo assim: deitado com ela ao meu lado.

Olhei o relógio que ficava do lado da cama e não era nem 9 horas da manhã ainda, eu poderia levantar e dar uma corrida na praia, e depois acordaria ela pro café da manhã.

Tomei cuidado para não acordá-la enquanto tentava sair furtivamente de baixo dela. Consegui com sucesso e sem muita demora até porque já tive experiência com esse tipo de coisa.

Fui até o banheiro escovar os dentes e troquei minha bermuda de dormir por outra mais apresentável. Olhei para a loira que dormia completamente serena e até deixava escapar uns pequenos roncos, de alguma forma achei isso fofo e sorri. Ela me mataria se eu falasse algo sobre isso, e só pra provocar, eu vou falar.

Antes de sair do quarto, dei um beijo na testa dela e quando me afastei pude ver um pequeno sorriso nos seus lábios, não sei se estava sonhando algo bom ou se sentiu quando a beijei.

Diferente de como faria normalmente, eu não bati a porta do quarto ao sair e minha mãe, que saía do quarto dela, me olhou surpresa.

-O que aconteceu? Você nunca sai de casa sem tentar quebrar a porta do quarto. - Ele me deu um beijo na bochecha sorrindo.

-Annabeth está dormindo. - Fomos caminhando pelo corredor e ela me olhou com a sobrancelha arqueada.

-No seu quarto?

-Sim, no meu quarto, mãe. - Ela tentou segurar o sorriso, mas era praticamente impossível. Ontem na praia ela me confidenciou que, mesmo achando Annabeth muito tímida, gostava muito dela e que adoraria nos ver juntos. - Não aconteceu nada, ela só estava meio perturbada noite passada e pediu pra dormir comigo, só isso.

-Pesadelo? - Ela perguntou preocupada e eu dei de ombros.

-Ela não me contou, e eu também não vou ficar forçando ela a falar as coisas, prefiro que ela se sinta a vontade primeiro. - Ela sorriu e tocou meu rosto com as duas mãos.

-Eu tenho tanto orgulho de você, meu filho.

-Mãe! - Revirei os olhos, mas ainda assim dei um sorriso.

-Bom dia, família! - Meu padrasto abraçou minha mãe todo contente e deu um beijo nela, revirei os olhos e olhei pro outro lado. Logo depois ele veio trocar um aperto de mão comigo.

-E aí, Paul. Bom, eu to indo correr na praia, licença. - Saí de casa praticamente correndo.

Não, eu não tenho nada contra meu padrasto, gosto muito dele, para falar a verdade. Mas eu não tenho que ficar vendo ele e minha mãe trocando carícias, já é assustador demais pensar que os dois fizeram a minha irmã quando eu tinha 17 anos.

Sim, ele vai ficar com a minha mãe na casa do meu pai, apesar do meu pai fazer algumas piadas com o sobrenome dele, e agora da minha mãe, os dois se suportam.

Até que é legal, se você não pensar na bizarrice toda que nos rodeia.

▪︎▪︎▪︎

Estava voltando da minha corrida quando encontrei Atena andando de um lado pro outro na porta de casa. Não era natural vê-la ali, até porque ela e meu pai tem uma coisa que não bate.

Love For Contract - Percabeth ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora