Lightning In The Dark

Um travesseiro pra dois

Naquele dia ocorreu tudo normal, Justin decidiu sair com o Ryan e Chaz de tarde pra poderem irem ao clube e eu preferi ficar na casa de seus avós. Decidi ligar pra minha mãe pra saber como estava as coisas por lá, mas nada que não fosse natural.

- Você já me mandou a sua foto com o Bieber? - ela perguntou.

Comecei a rir.

- Ainda não, mãe. Quando der eu tiro e te mando, tudo bem?

- Tudo bem, filha. Preciso desligar porque a Candy não para de gritar e eu deixei ela no banho pra poder te atender.

- Ok mãe, manda beijo pra ela e pro papai, estou com saudade.

- Eu também, querida. Manda beijo pra todos aí e não esquece a minha foto - ela riu, finalizando a ligação.

Depois que desliguei, me deitei e comecei a pensar em algumas coisas.

Eu estava decidida a me afastar do Justin e poder tirar qualquer hipótese de termos algo da minha cabeça. Realmente nunca iria rolar nada, se um dia eu imaginei isso foi apenas pensamentos acumulados.

Eu deveria negar até a morte aceitar qualquer coisa com ele ou então eu iria pro olho da rua. Era simples.

Quando desci, Jaxon e Jazzy estavam brincando no quintal e eu fiquei por lá com eles, tentando me distrair um pouco. Assim que começou a anoitecer, Justin apareceu todo soado.

- Estou morto - ele disse se sentando do meu lado, ofegante.

- Jogaram o que?

- Basquete - ele respondeu olhando pra frente e depois me fitando.

Ele estava lindo, devo admitir. Até soado aquele maldito garoto ficava lindo, perdidamente lindo. Suas bochechas estavam coradas, seu cabelo um pouco bagunçado e molhado por conta do suor.

- O que foi? - ele perguntou me olhando meio confuso, mas logo soltando uma risada gostosa e abaixando a cabeça.

- Nada - respondi baixinho.

- Por que você não foi com a gente?

- Não queria atrapalhar, você está se divertindo com os seus amigos que vê poucas vezes.

- Você não atrapalha nunca - disse voltando a me olhar com um sorriso de lado.

O silencio dominou.

''Você não atrapalha nunca.'' Aquilo berrava na minha mente.

Algo dentro de mim dizia que não poderíamos ter algo e eu entendia, meu consciente gritava isso o tempo todo. Ele não é o meu vizinho, um cara bonito da faculdade ou quem eu conheci numa balada, ele é o Justin Bieber que eu trabalho. Nada mais.
Porém, ainda existia outra voz que gritava dentro de mim que eu não sabia identificar se era consciente ou não, mas que estava começando a precisar dele de alguma forma, pelo menos pra te-lo ali pra me fazendo rir das suas piadas sem graça, das suas brincadeiras e até da sua cara de sério e da sua cantada que eu mentia não entender.

Aquele dia tinha sido um fracasso longe dele. Eu estava viajando pra um lugar que nunca tinha nem pisado antes, eu poderia ter saído e conhecido tantas coisas novas, mas eu não tive animo pra nada quando vi o Justin sair pela porta, sabendo que ele iria se divertir com os amigos dele e a única coisa que eu tinha que fazer é me manter longe, em silencio.

Depois de algum tempo Diane nos chamou pra poder jantarmos, logo após a janta Justin subiu pra poder tomar banho e descansar e então eu fiz o mesmo.

Enquanto ele tomava banho, liguei o computador e fiquei vendo alguns noticiários. Senti meu coração disparar quando vi uma foto minha ao lado de Bieber.