Canadá

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Acordei com o celular tocando.

- Alô? - atendi sonolenta.

- Mas ainda está dormindo? - a voz do outro lado da linha perguntou em um tom indignado rindo em seguida. Pude reconhecer aquela voz.

- Que horas são, Justin? - perguntei soltando um suspiro.

- 7:35, Lucy. 7 e meia. - ele repetiu quase gritando

- Está cedo - resmunguei com sono.

- Não - ele disse rindo - te dou 5 minutos pra aparecer aqui, isso sim.

- Isso tudo é saudade? - Perguntei rindo.

- Jamais - ele quase berrou - é que eu tive um distúrbio por conta do meu stress e preciso de uma psicóloga - ele gargalhou do outro lado da linha.

- Sei - ri me sentando na cama - daqui a pouco estou aí. E me desculpe o atraso, eu pensei que você acordava tarde.

- Eu acordo tarde - ele riu - mas hoje não consegui ficar na cama por muito tempo - ele explicou parando de falar, pude ouvir algumas vozes e ele logo voltou - Scooter está me chamando, Lucy, preciso desligar. Não demora.

- JUSTIN PERA AI JUSTIN NÃO DESLIGA - Berrei.

- Que foi? - ele perguntou assustado.

- Como você conseguiu meu numero?

- Scooter me passou. Só isso?

- É.

- Estou te esperando! - Ele disse desligando na minha cara.

Simpático.

Levantei e fui fazer a minha higiene matinal, me arrumei, chamei um táxi e fui para o hotel antes que Justin me matava.

Subi sem avisar e toquei a companhia do seu quarto.

1.

2.

3.

Ninguém me atendeu.

Bati na porta.

- Justin - chamei.

Depois de alguns segundos ele abriu.

Apenas com uma toalha na cintura. Sim. Só com uma toalha. Seu cabelo estava molhado o que fazia cair alguns pingos de água no teu peitoral que continha algumas tatuagens, seu braço também era fechado por elas.

Que homem! Suspirei fundo tentando voltar pra realidade.

- Vai entrar ou vai ficar plantada ai fora? - ele disse rindo da minha cara - que cara é essa, Lucy?

- Nada - respondi seca - Se troca que eu te espero lá em baixo - disse dando as costas e entrando rapidamente no elevador antes que Justin me fizesse ficar.

Maldito!

- Lucy, precisamos conversar. - Scooter apareceu do nada me assustando.

- Pode falar - disse impaciente.

- Aconteceu alguma coisa? - Ótimo, e agora? Vou falar 'nada, só vi o Justin de toalha abrindo a porta pra mim'.

- Não, por que?

- Você está com a bochecha rosada e estranha - ele disse desconfiado.

- Estou com dor de cabeça, só - menti enquanto saímos do elevador e entravamos no restaurante do hotel.

- Podemos sentar? - ele pediu mudando de assunto e ignorando o meu motivo super convincente.

- Tudo bem - fomos até uma mesa vazia.

Lightning In The DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora