Pôr do sol

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Já havíamos chegado a Calabasas e o relógio marcava 17h30. Os seguranças estavam carregando todas as nossas malas que estava dentro do carro pra dentro da casa, levando cada uma dentro do devido quarto. O quarto da Candy permanecia do mesmo modo que havíamos deixado, era incrível. A pintura lilás da parede continuava ali, todos os seus brinquedos, ursos, a cama e algumas de suas roupas. O meu quarto - que eu não usei, já que todas as noites enquanto estive naquela mansão eu dormi na mesma cama que o do Justin - também estava do mesmo modo. Assim que abri o closet, ainda avistei algumas das minhas roupas que eu nem senti falta.

- Não deixei Maria mexer em nada, muito menos nas suas roupas. - Ouvi a voz rouca do Justin ecoar pelo quarto enquanto eu olhava tudo atentamente.

- Por quê? - Perguntei me virando pra ele.

- Seu lugar sempre foi aqui e eu não queria que ninguém tirasse. Você pode ver, as roupas estão do mesmo jeito que você deixou, eu nem ao menos pedi que lavasse porque eu queria que o seu cheiro continuasse empreguinado nesse quarto.

Abaixei a minha cabeça e ri baixo, indo a passos calmos na sua direção. Justin abriu seus braços e me puxou pra ele, me abraçando forte em seguida.

Saber que eu sofri esse tempo todo de saudade do calor que ele transmitia e agora eu tinha tudo aquilo todo pra mim. Era irreal.

Justin afogou seus dedos no meu cabelo e eu pousei meus lábios no seu pescoço, beijando toda a sua extremidade. Seu cheiro doce e suave rapidamente invadiu as minhas narinas, me fazendo sem querer abrir um sorriso.

- O que foi? - Ele sussurrou enquanto me fitava.

- Isso parece tão irreal.

- Eu também desacredito muitas vezes. Eu senti muito a sua falta, eu sofria todos os dias...

- Então por que você não foi atrás de mim? Eu sofri todas as noites, Justin. Ainda mais ver seu nome estampado em todos os jornais logo cedo por saber que você passou a noite com alguma mulher. Eu pensava todos os dias que você realmente havia me esquecido.

Ele pousou seu dedo indicador sob meus lábios, indicando que eu me calasse.

- Shh... Por favor. Perdoe-me por isso, mas eu tentava ao menos preencher o vazio que você me deixou. Era difícil pra mim também, eu tentava transparecer estar bem por conta da mídia, mas eu já perdi as contas de quantas vezes eu pensei em sumir. Nunca se passou pela minha cabeça que você foi embora porque o Scooter pediu, nunca se passou pela minha cabeça que toda aquele teatro com aquele... viado, foi a pedido do meu produtor.

- E como você soube?

- Ele vinha me dar sermões todos os dias. No dia da sua formatura, sem eu saber de nada ele veio derrotado falar que não sabia mais o que fazer porque eu estava em todos os noticiários e as noticias não eram boas... E entrou você no assunto. Eu falei que estava sentindo a sua falta e ele resolveu contar tudo, pedindo que eu fosse atrás de você. - Ele explicava tudo detalhadamente e eu não conseguia acreditar que o Scooter havia contado tudo a ele.

- E como você chegou até Nova York?

- Cheguei a menos de uma hora, Lucy. Liguei no seu celular, mas ninguém atendia, então decidi ligar para o Ryan que era alguém que eu não falava a tempos, acho que foi Deus que pediu pra eu fazer isso, mas eu estava tão nervoso na hora que nem me importei e liguei imediatamente pra ele - ele riu em seguida - ai ele falou que estava na sua formatura e pediu que eu fosse pra lá agora, e depois me buscou no aeroporto.

- E como deixaram você entrar? Você não tinha convite.

- Você esqueceu quem eu sou? - Ele riu todo convencido. - Prazer, Justin Bieber.

Lightning In The DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora