Capítulo 48 - Meu universo

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Bora de capítulo novo?  Mais um sobre o romance entre Sandra e Henry. 

Boa leitura!!!

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"A estrada da vida não é fácil e às vezes precisamos parar, ganhar coragem e recomeçar."

Sandra

     Henry passou a me ligar insistentemente, eu não atendi a nenhuma das ligações. Passei a atender os clientes somente por telefone, fiquei semanas sem ir ao escritório. Eu não sei o que deu em mim, não dei a ele a chance de se explicar do por que me expôs ao ridículo tirando minha credibilidade de advogada.

     É por isso que eu não deveria ter me envolvido com um cliente, foi um erro. Eu havia me apaixonado pela primeira vez e somente após os meus trinta anos de idade. Os efeitos colaterais do amor cobravam o seu preço em mim. Eu chorava feito uma adolescente magoada e me sentindo péssima. A verdade é que eu o amava.

     Minha campainha toca e eu acho estranho, pois não estava esperando ninguém. Minha mãe nunca vinha me visitar, ela sempre esperava as minhas visitas e se viesse avisaria antes, eu não tinha irmãos e nenhum outro parente, então só podia ser uma pessoa e meu coração palpitou só de imaginar ele na minha porta. Embora eu não tivesse sido notificada de sua visita pelo porteiro eu sabia que era o Henry.

     Olho-me no espelho do pequeno corredor e na disposição dos móveis, eu precisaria empurrar alguns do lugar para dar passagem a cadeira de rodas, pois o meu apartamento era minúsculo. Eu estava com a aparência péssima, os olhos fundos pelas noites em claro chorando.

     Dou uma última alisada na roupa como se isso amenizasse minha aparência e abro a porta de uma vez. Meu mundo cai quando vejo a figura masculina parada na minha porta. Eu o encaro sem acreditar.

     − Não vai me convidar para entrar? – Calum pergunta com um sorriso malicioso.

     − Não mesmo! – Simplesmente bato a porta na cara dele e ele consegue ser mais rápido impedindo que ela se feche. – O que está fazendo aqui?

     − Sei que vocês não estão mais juntos e gostaria de conversar um pouco. Podemos ver um cargo para você, e te incluir na lista de advogados do governo do estado. – Ele acaricia meu ombro nu, pois eu estava com uma blusa de alça. A bile quer subir por minha garganta. O que será que ele quer?

     − Não estou interessada e o meu relacionamento não acabou; estamos apenas dando um tempo. Todo casal briga, não somos diferentes dos demais casais no mundo. – Falo me desvencilhando do seu toque que parece queimar minha pele. – É apenas uma fase.

     − Eu não me importo em dividir. – Torna a rir maliciosamente. – O meu irmão é um cara bondoso e sempre pensa em ajudar os outros. Me diz: como ele fazia pra subir toda essa escadaria já que não tem elevador?

     O que? Como fui idiota. É claro que não poderia ser o Henry, eu não deveria ter aberto essa porta. Meu prédio é tão modesto que sequer tem elevador.

     − Como conseguiu entrar aqui? E como encontrou meu endereço? – Tento mudar de assunto. Eu nunca tinha dito a Henry onde morava e tão pouco o trouxe aqui, não lembrava das barreiras arquitetônicas.

     − Ora, sou o governador, tenho muitos contatos e posso conseguir a informação que eu quiser. Olha, eu vim negociar um bom cargo para meu maninho, pretendia ter vindo antes, mas estava esperando a poeira baixar.

     − Por favor, senhor governador, vá embora! – Meu telefone toca e quando vejo o nome de Henry no visor um misto de alivio e desespero corre por minhas veias. Levo o indicador aos lábios pedindo com esse gesto que o Calum fique em silêncio. – Alô?

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora