Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)

Capítulo 63 - Um longo dia

Olá xuxus, espero que gostem do capítulo. 

Notei, através de amigos leitores, que a obra está precisando de uma revisão básica. Realmente muitos erros passaram despercebidos, mas se eu iniciar a revisão agora não conseguirei tempo para escrever (digitar) os próximos capítulos. 

CAPÍTULO REVISADO!

Boa leitura!!!

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"Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre."

Charles Chaplin

Nicholas

     Estava sentado, quase deitado, no sofá da sala de estar do meu irmão mais velho, já que o móvel tinha a opção de transformá-lo numa espécie de cama. A Anna estava em meu colo e eu temeroso que ela não caísse, apesar de tantos travesseiros ao meu redor. 

     Gabriel estava na outra extremidade do sofá e já tinha me passado vários sermões aos quais apenas ouvi calado, eu estava farto de discussões. O telefone dele toca e olhando o visor atende no primeiro toque:

     − Oi mãe! − ... – Sim, ele está bem, como estava também nas três vezes atrás em que eu atendi suas ligações e estará bem quando a senhora ligar novamente. − ... – Pois é, eu já falei isso pra ele, mas sabe como o Nicholas é cabeça-dura. − ... – Espera um momento. Pronto! 

     Ele havia alterado a chamada de áudio para vídeo e segurou o aparelho na minha frente, sentando-se mais próximo que antes. Encaro o rosto inchado pelo choro da minha mãe no outro lado da tela e fico um pouco comovido, entretanto não posso demonstrar fraqueza ou eles sempre farão isso comigo.

     − Meu filho, me desculpa. Sei que não devíamos ter feito isso. Eu e seu pai acabamos brigando porque eu ameacei ir tirar satisfação com você sobre os vasos. Esqueça, você pode quebrar o que quiser... – Fico olhando minha mãe em silêncio esperando que ela termine seu monólogo, exatamente como fiz com meu irmão. Lembro-me das minhas quedas do pônei enquanto estávamos de férias na Itália na casa dos meus familiares e também das quedas de bicicletas. Dona Helene sempre foi uma boa mãe, sua atitude de acobertar meu pai não diminui em nada o seu caráter, mas a mágoa que estou sentindo me faz afastar todos os bons momentos que já vivi ao lado dela, pelo menos por hora. − ... E é por isso que estou no seu quarto, seu pai vai dormir sozinho hoje. Ainda iremos conversar.

     − Nossa, deve ter sido grave pra que vocês estejam separados. – Falo indiferente cedendo as suas investidas de contato. – Amanhã ou depois a senhora pode conversar comigo, hoje não. Preciso de um tempo, mãe, será que pode me dar isso? 

     − Mãe, esse cabeça oca sobrevive até a bomba atômica, não perca seu tempo se preocupado com esse imbecil. – Ele fala puxando o telefone para sua frente. – Se preocupe comigo, eu sou legal e bonzinho.

     Ela sorri, a estratégia dele de aliviar a tensão dela contando algo engraçado funcionou.

     − Tudo bem, meu amor, tenha uma boa noite. Dê um beijo no seu irmão por mim. 

     − Está bem, eu vou dar um banho nele não sei como, já que ele não trouxe nem a cadeira de banho e vou botar minhas duas crianças pra dormir. Boa noite pra senhora e vou ficar devendo o beijo dele. – Ele sorri da própria piada, falando como se eu não estivesse ali do lado.

     − Oh! Quer que eu vá deixar a cadeira? – Nossa como ela é rápida pra criar uma estratégia de vir aqui.

     − Claro que não mamãe, e olha, vai dormir porque o Nick não tá nem aí pra senhora. Tchau. – A verdade é que eu estava sim, meus pais estavam fazendo mais por mim nesses últimos anos do que jamais fizeram em toda a minha vida. Está passando da hora de voltar a ser adulto e assumir o controle da minha vida e eu iria começar daqui a dois dias, no sábado, com a Lívia.