Capítulo 77 - Preenchendo o vazio?

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Imagem: dedos indicador e médio estão com desenho de rosto e braços simulando um abraço entre ambos. Há também um coração desenhado acima dos rostos.

Oláááá, melhores leitores do mundo!!! Como vocês estão?

Vou deixar claro aqui que mesmo que eu publique o livro de forma paga continuarei postando aqui até o epílogo, ok?

Boa leitura!!!

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"Com um lugar onde nada é mais difícil do que se vê, ninguém nunca quer ou se importa em explicar no que uma dor no coração pode trazer ou significar. [...] Você vai aprender a confiar na voz interior. [...] A vida é uma jornada, pode levar você a qualquer lugar que você escolher, contanto que você aprenda. Você vai achar tudo aquilo que você precisará saber. Seja forte! Você consegue! Aguente firme! Apenas não vá desistindo de você mesmo, ninguém pode parar você."

The voice within – Christina Aguilera

Nicholas

     Eu senti minha garganta arder como fogo, a dor é sempre o indicativo de que estou vivo. Para mim estava muito claro que não foi dessa vez que passei dessa para melhor e de quebra meu plano foi um sucesso. Tento abrir os olhos devagar; a princípio tudo está fora de foco, mas aos poucos consigo enxergar nitidamente.

     Vejo meu irmão aproximando-se e queria falar algo, mas a mangueira na minha boca impede que eu fale. Gabriel parece preocupado e postando-se do meu lado direito na cama ele começa a falar em libras. Sinalizar? Por quê?

     − Achei que dormiria o ano inteiro. Ficamos muito preocupados com você.

     Coloquei uma expressão indiferente. A essa altura do campeonato eu não ligava nem para os sentimentos dos meus irmãos.

     − Nick, você acordou! Vou falar com o Dr. Augusto pra ver se ele concorda em retirar o respirador. – Meu outro irmão Gabriel fala do meu lado esquerdo. Eu olhei para a esquerda e para a direita, não conseguia nem diferenciar meus irmãos gêmeos. A situação foi crítica, o remédio me causou até !

     − Olha só quem voltou para nós! – O Dr. Augusto fala enquanto a cabeceira da minha cama levanta lentamente. – Seus batimentos estão bons, a saturação de oxigênio está no nível bom e sua pressão está aceitável. Vou te tirar do respirador, você poderá falar um pouco baixo até se recuperar totalmente. Lembre-se que todas as vezes que fizer isso passará por essa tortura, as vias aéreas é o primeiro comprometimento porque seu diafragma não funciona normalmente.

     − Obrigado pela aula, Dr. Augusto. – Eu ainda debateria muito com o médico em questão mesmo que ele fosse um dos meus dois médicos oficiais. Onde está a Lívia?

     Lívia? Não lembramos de contar a ela que você está aqui, mas vou pedir pra ela vir. – Gabriel pergunta confuso me fazendo lembrar da dura realidade.

     – Oh! Eu esqueci que não poderemos nos falar. – Falo com um fio de voz, remédio realmente me deu amnésia.

     − Bem-vindo de volta, meu filho! – Meu pai fala com uma expressão indecifrável.

     − Podem nos dar licença? Preciso conversar com o Dr. William. – Falei o mais forte que minha garganta fragilizada conseguia. Ele foi da surpresa ao ceticismo em segundos. Eu não estava mais reconhecendo essa relação entre eu e meu pai.

     − Tudo bem Dr. Augusto e Iracema, qualquer coisa eu chamo vocês ou ajudo o meu pai no que for preciso. – Abro um sorriso irônico ao ver os gêmeos plantados no quarto após a saída do médico e da enfermeira.

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora