Capítulo 31 - Princesa Disney

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Olá, tudo bem do lado daí?

Mais um capítulo inédito desse quase casal que só enrola. 

OBS: Capítulo está revisado. 

Boa leitura!!!

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"Se a pizza que vem de moto demora, imagina o príncipe encantado que vem a cavalo."

Daiane Lavandoski

Nicholas

     O dia de hoje foi bastante puxado. Eu sequer consegui vir almoçar em casa como eu prefiro fazer.

     Após todas as aulas na universidade fui para uma reunião com o meu orientador para dar início à monografia. Além das minhas fisioterapias convencionais tive a sessão semanal com a psicóloga – que meus pais insistiam para que eu fizesse –,e também a sessão de terapia ocupacional.

     Foi um longo dia!

     Eu estava exausto e já sentia os primeiros sinais de que sofreria a noite toda com dores neuropáticas. Saímos Celso e eu, da última clínica quando o sol ainda estava alto e retornamos para casa com o céu já escuro.

     Meu cuidador estaciona o SUV na vaga e vai chamar o elevador para adiantar, eu o havia pedido para subir antes, pois ele ainda recolheria minhas coisas no carro para levar ao apartamento. O horário dele estava encerrando e ele apenas me deixaria são e salvo na cobertura e seguiria para sua própria casa.

     Vejo-o apertando o botão e ele regressando para abrir a porta e me tirar do carro, minha cadeira motorizada estava sempre a minha espera próximo à vaga do carro. Celso me pega no colo erguendo meu corpo inerte do banco para acomodar-me na cadeira e tenho a visão de uma Lívia estranha e desesperada entrando no elevador que me esperava sem dar-me a mínima atenção.

     Fico intrigado com a cena. É certo que ela não falaria comigo, mas mesmo assim estranhei. O que será que aconteceu?

     Não sei se fico aborrecido por ela ter atrasado a minha subida, pois precisei esperar o elevador novamente, ou se fico preocupado pelo comportamento incomum da minha vizinha nada discreta. Achei que ela falaria comigo mesmo que fosse para soltar alguma piada sobre ela ter descoberto minha antiga relação com Camile. 

     Ela sequer me deu oportunidade para explicar-lhe que tudo não passou de um mal entendido. De qualquer forma sei que ela me viu, pois minha cadeira é grande o suficiente para chamar a atenção e minha vaga no estacionamento fica a menos de dois metros de distância do elevador.

     Sim, ela me viu!

     Celso me empurra pra a porta e chama novamente o elevador enquanto faz os ajustes na cadeira – encaixando minha mão no guia de direção da cadeira para que eu possa guiá-la sozinho, a outra no apoio da cadeira, colocando meu telefone entre minhas pernas no acento da cadeira e verificando se estou confortável ou se algo está fora do lugar –, enquanto ele não chega.

     No momento que o elevador chega outro morador também entra para subir. O senhor de meia idade nos cumprimenta e vejo-o digitar o número dez no painel numérico e na sequência o Celso passar o cartão de acesso para o meu andar.

     Subimos em silêncio o que parecia ser a torre de babel de tanto que demorou até que meu telefone quebra o silencia com a quinta sinfonia de Beethoven sobrepondo a altura da música ambiente da caixa metálica, incansavelmente. Observo o número desconhecido no visor. 

Lembre-se de mim - Série: Amor sobre rodas - Livro 1 (CONCLUÍDO - EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora